Porto Alegre, 8 de julho de 2021 – As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 108,8 mil toneladas em junho, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 13,2% o resultado alcançado no mesmo período de 2020, quando foram exportadas 96,1 mil toneladas.
Com o segundo melhor desempenho mensal da história do setor (superado apenas por março deste ano, quando foram embarcadas 109,2 mil toneladas), as exportações de carne suína em junho geraram receita de US$ 270,2 milhões, número que é recorde histórico no levantamento mensal para o setor. O resultado supera em 36,5% o saldo das vendas de junho de 2020, com US$ 198 milhões.
No acumulado dos seis primeiros meses de 2021, foram embarcadas 562,7 mil toneladas, volume 17,39% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 479,4 mil toneladas. Com isso, a receita das exportações entre janeiro e junho alcançou US$ 1,349 bilhão, número 25,4% superior ao alcançado no mesmo período de 2020, quando foram registrados US$ 1,076 bilhão.
“O retorno da atividade econômica em várias regiões do mundo tem impactado positivamente as exportações do setor. A menor oferta em países concorrentes, como é o caso dos EUA, tem levado o Brasil a aumentar sua participação no comércio global de carne suína e, dadas as previsões, deve ser a tônica ao longo deste ano de 2021”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.
A China segue como principal destino das exportações. Em junho, importou 58,8 mil toneladas, volume 29,2% superior ao registrado no sexto mês de 2020. Outros destaques do mês foram o Chile, com 5,3 mil toneladas (+45,4%), Vietnã, com 3,7 mil toneladas (+38,3%), Filipinas, com 2,8 mil toneladas (+371,2%) e Argentina, com 2,2 mil toneladas (+326,6%).
Entre os estados exportadores, Santa Catarina segue na liderança, com 55,5 mil toneladas exportadas em junho (+22,04%), seguida por Rio Grande do Sul, com 30,3 mil toneladas (+19,89%) e Paraná, com 13,3 mil toneladas (-11,29%).
“O mercado asiático e alguns países da América do Sul mantiveram demanda positiva sobre as exportações brasileiras, mantendo a previsão de crescimento nas exportações para este ano. O bom desempenho das exportações tem contribuído para reduzir os impactos dos custos históricos de produção”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.
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