Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2020 – O primeiro mês do ano apresenta um salto e tanto da avicultura de corte do RS no comparativo com o mês de janeiro do ano anterior. No entanto, é preciso resgatar que o setor de frango de corte vinha de uma perda significativa nas exportações relacionadas a fatores como embargo UE, resquícios da operação carne fraca e negociações com Arábia Saudita sobre sistema de abate, e ainda, a retração decorrente da instabilidade econômica e política no Brasil.
No que se refere aos volumes, a avicultura do RS exportou em janeiro do corrente ano um total de 53,4 mil toneladas de carne de frango, crescimento de 98,7% comparado com mesmo mês do ano anterior, em receita as exportações avícolas gaúchas atingiram um faturamento de US$ 80,9 milhões registrando um crescimento de 96,3% sobre o mesmo período do ano anterior.
Estes números, no decorrer do ano, devem voltar a patamares mais realistas, uma vez que, janeiro de 2019 os efeitos da retração nas exportações foram drásticos e com queda significante.
“Temos que buscar a recuperação dos volumes que perdemos em 2018 e 2019, e para isso, precisamos manter nosso status sanitário livre de enfermidades, contar com a recuperação econômica do país, credibilidade no mercado externo e monitoramento permanente no comportamento do mercado externo, em especial do continente asiático.” comentou: Eduardo Santos – Executivo da ASGAV/SIPARGS.
Já a nível Brasil a avicultura exportou 323,8 mil toneladas em janeiro deste ano, registrando um avanço de 14,9% comparado com o mesmo mês de 2019 e no faturamento houve aumento de 16,5% atingindo a faixa de US$529,1 milhões.
Na análise da ASGAV, a demanda Chinesa aquecida no segundo semestre de 2019, influenciou no planejamento de produção do setor, tanto que os abates no RS registraram crescimento na ordem de 4% em relação à 2018, chegando a faixa de 819 milhões de aves abatidas, porém, com os efeitos do “corona vírus”, cambio aquecido, concorrência internacional, aumento dos preços dos fretes e aumento do custo do milho, a direção da ASGAV recomenda cautela neste momento e muita atenção no comportamento do mercado externo.
Outra recomendação da entidade avícola gaúcha que segue as diretrizes e orientações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), é um cuidado redobrado nos procedimentos de biosseguridade na produção, visando a preservação do status sanitário da avicultura, situação que habilita cada vez mais o setor a atender com carne de frango, ovos e produtos processados, mais de 150 países.
As informações são da assessoria de comunicação ASGAV/SIPARGS.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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