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Exportação não absorve excedente de oferta e mercado de arroz segue estagnado

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Porto Alegre, 16 de maio de 2025 – Sem vetores consistentes que promovam tração significativa, o mercado brasileiro de arroz segue atravessando um cenário de estagnação, marcado por pouca oscilação nos preços internos. A afirmação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira. “A dinâmica tem sido de espera, com agentes cautelosos diante da falta de estímulos consistentes, seja no campo da demanda interna ou externa”, relata.

 

A expectativa se concentra em possíveis gatilhos que venham do câmbio, da reposição dos estoques ou de uma reativação mais vigorosa das exportações. “Mas, até o momento, o ambiente permanece lateralizado, refletindo um setor que aguarda por sinais mais claros de retomada”, pondera.

 

Entre os desafios enfrentados pelo Brasil estão o fortalecimento da concorrência internacional — com destaque para os países do Mercosul e Estados Unidos —, um dólar relativamente comportado – que tira atratividade dos preços para o importador – e limitações logísticas e comerciais que dificultam a manutenção de mercados já conquistados.

 

As exportações brasileiras de arroz (base casca) na temporada comercial 2025/26 (mar/abr) apresentaram avanço de apenas 5,07% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 218,98 mil toneladas. No caso do arroz beneficiado, observou-se uma retração de 52,2%, com destaque para a queda nos embarques destinados a Cuba (-86%) e Peru (-62%). “Esse segmento, que normalmente concentra produtos com maior valor agregado, teve desempenho fraco, sugerindo perda de competitividade ou mudanças no padrão de compra de parceiros tradicionais”, explica o analista.

 

O arroz quebrado, principal produto exportado em volume, também sofreu queda (-23,1%). Ainda assim, o Senegal se consolidou como o maior destino, com alta de 33% nas aquisições (68,66 mil toneladas). Por outro lado, Gâmbia e Serra Leoa reduziram significativamente suas compras.

 

A grande surpresa do período foi o avanço das exportações do casca, que saltaram de 4,03 mil t para 79,18 mil t, impulsionadas principalmente por Costa Rica, Venezuela e México. “Mercados que até então tinham pouca ou nenhuma representatividade nesse tipo de produto na temporada anterior”, lembra Oliveira.

 

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (15) em R$ 76,41, queda de 0,06% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo era de 0,93%. Em relação a 2024, a desvalorização atingia 34,09%.

 

Rodrigo Ramos/ Agência Safras News

 

Copyright 2025 – Grupo CMA

 

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