Expectativa de reposição lenta no curto prazo segue travando evolução dos preços da carne de frango

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Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os agentes seguem sinalizando que a oferta está equilibrada. Contudo, há a expectativa de reposição um pouco mais lenta ao longo da cadeia no curto prazo.

De acordo com Iglesias, os avicultores carregam expectativas positivas para as próximas semanas, considerando que os problemas relacionados ao caso de Newcastle estão sendo superados e, com isso, a exportação deve apresentar boa fluidez, também por conta do custo de produção, que evolui sem sobressaltos.

Em relação ao mercado atacadista, o analista destaca que a semana prosseguiu apresentando preços firmes. “A reposição entre atacado e varejo tende a desacelerar, mesmo que de maneira comedida, até o fechamento do mês, acompanhando o consumo na ponta final e considerando o processo de descapitalização das famílias. Por outro lado, vale pontuar que os cortes do frango seguem bastante competitivos em termo de preços frente as concorrentes diretas (cortes bovinos e suínos), o que pode ajudar. A exportação vem apresentando ótimo ritmo, fator que ajuda no ajuste da disponibilidade doméstica”, concluiu.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 9,30, o quilo da coxa de R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 9,50.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também não apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,40, o quilo da coxa em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,60, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 9,60.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,20 e, em São Paulo, em R$ 5,30.

Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,00, em Goiás em R$ 5,05 e, no Distrito Federal, em R$ 5,05.

Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 4,70, no Ceará em R$ 4,50 e, no Pará, em R$ 4,85.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 258,766 milhões em agosto (7 dias úteis), com média diária de US$ 36,966 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 145,164 mil toneladas, com média diária de 20,737 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.782,60.

Em relação a agosto de 2023, houve ganho de 12,9% no valor médio diário, avanço de 18,6% na quantidade média diária e recuo de 4,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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