Entrada da safrinha de milho determina quedas nos preços no Brasil

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milho

     Porto Alegre, 22 de julho de 2022 – O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar quedas nas cotações ao longo da semana. A entrada da safrinha mantém a pressão sobre os preços e pode-se observar em julho uma significativa baixa nos valores do cereal em todas as regiões.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, essa pressão sazonal é natural diante de uma safrinha cheia. À medida que a colheita avança os preços vão reagindo negativamente ao maior volume de milho que chega para a comercialização.

     Para Molinari, o ritmo de baixas nos preços pode diminuir no curto a médio prazo, mas dificilmente o mercado vai reverter essa trajetória negativa pelo menos até outubro. Um bom volume de exportações, se mantido, pode limitar o impacto baixista da entrada da safrinha.

     Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o mercado foi pressionado na semana pelas previsões de chuvas benéficas às lavouras norte-americanas, trazendo maior tranquilidade quanto à safra deste ano. A proximidade do acordo para o corredor de exportações de grãos da Ucrânia, em meio à guerra, contribuiu para a pressão sobre as cotações. No balanço dos últimos sete dias, entre as quintas-feiras 14 e 21, o contrato dezembro acumulou uma baixa de 4,6%.

     No mercado brasileiro, no balanço dos últimos sete dias (entre 14 e 21 de julho, o milho em Campinas/CIF na venda caiu de R$ 87,00 para R$ 78,00 a saca, baixa de 10,3%. Na região Mogiana paulista, o cereal na venda se manteve em R$ 83,00.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço baixou de R$ 84,00 para R$ 79,00 a saca, desvalorização de 5,95%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação seguiu em R$ 74,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor caiu de R$ 94,00 a saca para R$ 93,00, baixa de 1,1%.

      Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação passou de R$ 80,00 para R$ 76,00 a saca, baixa de 5%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado baixou de R$ 76,00 para R$ 73,00, perda de 3,9%.

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     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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