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Eneva reverte prejuízo para lucro líquido de R$ 384,4 milhões no 1° trimestre

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O lucro líquido consolidado atingiu R$ 384,4 milhões no 1T25, frente ao prejuízo líquido de R$ 60,9 milhões no 1T24, aumento de 731,2% no período. O resultado considera o ebitda recorde de R$ 1,5 bilhão, alta anual de 40,3%, Os custos e despesas com depreciação e amortização, tributos correntes e diferidos e resultado líquido de participações minoritárias.

O resultado financeiro líquido da Eneva caiu 64,2% no primeiro trimestre de 2025 na comparação com igual período do ano anterior, para R$ 253,3 milhões. A melhora de R$ 453,8 milhões frente ao resultado de um ano antes foi, principalmente, em função dos seguintes impactos:

Contabilização de R$ 306,4 milhões de variação cambial não-caixa, contabilizados sobre o passivo em moeda estrangeira (dólar americano) relacionado ao arrendamento do FSRU da UTE Porto de Sergipe I. Essa variação reflete a desvalorização da taxa de câmbio spot em 7,3% ao final do 1T25 versus o final do 4T24, resultando em uma redução no saldo remanescente do passivo contabilizado em moeda nacional ao final do período. Por outro lado, no 1T24, foi contabilizado impacto negativo de R$ 105,3 milhões de variação cambial sobre o arrendamento do navio FSRU, como resultado da valorização do dólar frente ao real observada naquele período. A combinação desses dois fatores resultou em uma variação de R$ 411,7 milhões na comparação entre os trimestres

Registro de impacto positivo de R$ 72,6 milhões na rubrica de Variação da marcação a mercado dos swaps, efeito recorrente não-caixa, referente, principalmente, ao resultado da marcação a mercado do swap referente à operação de antecipação de recebíveis da UTE Porto de Sergipe I que tem como fator de desconto o CDI, com impacto de R$ 66,9 milhões no resultado do 1T25, em função da redução da curva futura de DI no médio/longo prazo no 1T25. A companhia destaca que o ônus financeiro das dívidas atreladas ao CDI tem hedge natural com o rendimento de caixa e demais receitas de suas aplicações financeiras.

Desconsiderando os efeitos elencados acima, o resultado financeiro seria de -R$ 632,3 milhões no 1T25, versus -R$ 596,4 milhões no 1T24, com ligeira variação entre os trimestres. No 1T25, foram registrados movimentos compensatórios entre as rubricas, sendo as principais detalhadas abaixo:

Variação positiva de R$ 69,5 milhões de Receitas de Aplicações Financeiras em função, principalmente, da maior posição média de caixa no 1T25 versus 1T24

Variação positiva consolidada de R$ 11,1 milhões no 1T25 vs. 1T24, considerando a soma das variações das rubricas, Encargos de Dívida, Juros sobre Debêntures e Variação Monetária, refletindo os sucessivos processos de liability management realizados pela Companhia desde o 2S23

Impacto negativo na comparação entre os períodos de R$ 96,7 milhões na rubrica de juros a incorrer sobre antecipação de recebíveis, com o início da contabilização das operações de adiantamento parcial de receita fixa na UTE Porto de Sergipe I estruturada em julho/24 e nas UTEs Itaqui e Pecém II estruturadas em setembro/23 até o 1T24 o montante contabilizado nessa linha refletia apenas as operações realizadas em Itaqui e Pecém II.

Contabilização de R$ 62,7 milhões na rubrica de Receitas Financeiras Outros, com contrapartida de R$ 64,2 milhões na rubrica de Despesas Financeiras Outros decorrente das operações de trading de energia com recebimento antecipado constituída pela UTE Viana I estruturadas ao longo do 1S24.

Os custos e despesas com Depreciação e Amortização somaram R$ 554,9 milhões no 1T25, aumento de R$ 206,1 milhões comparados ao 1T24. O aumento reflete, principalmente, as amortizações de intangível de mais e menos valias e ágios dos ativos adquiridos, que aumentaram em R$ 164,9 milhões no comparativo anual, sendo R$ 10,2 milhões desse montante adicional despesas dedutíveis para fins do IRPJ/CSL. Vale observar que o valor de R$ 51,5 milhões registrado no 1T25 relacionado à aquisição da Celse (já contabilizado no 1T24), também passou a ser dedutível após a incorporação na Holding.

Os tributos correntes e diferidos totalizaram -R$ 250,7 milhões, frente ao valor positivo de R$ 33,5 milhões no 1T24, sendo a variação sobretudo devido à constituição de passivos diferidos sobre o valor justo dos contratos de comercialização de energia, com impacto de R$ -184,0 milhões, e sobre a variação cambial incorrida sobre o contrato de arrendamento do FSRU, em -R$ 137,0 milhões.

A companhia destacou que o 1T25 foi o primeiro trimestre de contribuição integral de resultados dos ativos de geração termelétrica adquiridos no 4T24, adicionando 859 MW de capacidade instalada operacional ao portfólio da Companhia e R$ 439,6 milhões de EBITDA no 1T25 advindos de seus contratos vigentes. Além disso, em 25 de janeiro/25, foi concluída a incorporação das subsidiárias Linhares, Tevisa e Povoação na Holding, visando a simplificação da estrutura societária e a captura de sinergias operacionais e financeiras.

A receita operacional líquida do primeiro trimestre foi de R$ 4,4 bilhões, um avanço de 120,7% frente aos R$ 2 bilhões registrados no mesmo trimestre de 2024.

No período, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi recorde, de R$ 1,5 bilhão no 1T25, aumento de 40,3% frente ao 1T24, mesmo com a entrada em operação faseada de ativos e efeitos one-off em cerca de R$ 100,0 milhões1 no período, refletindo a materialização de importantes avenidas de crescimento da companhia, com o início da operação comercial de ativos, consolidação de operações dos segmentos de comercialização de gás on-grid e offgrid e a entrada dos resultados dos ativos operacionais adquiridos no 4T24. A margem ebitda, por sua vez, recuou 19,8 pp, para 34,5%.

A companhia registrou ebitda de R$ 162,8 milhões resultante da comercialização de gás e GNL da Mesa de Gás no trimestre, suportado pela estabilização da conexão do Hub Sergipe à malha ao final do 4T24 permitindo a expansão de clientes e contratos e o aproveitamento de oportunidades pontuais nos mercados de gás e GNL no período.

A comercialização de gás natural e GNL Off-Grid registra R$ 55,4 milhões de ebitda após o COD do segundo trem da planta em fevereiro/25, elevando a capacidade agregada de liquefação para o total de 600.000 m3/dia, já totalmente contratada. Importante ressaltar que o resultado do 1T25 não reflete ainda todo o potencial do segmento em função do ramp-up da planta no período.

No final do 1T25, o saldo de caixa era de R$ 4,8 bilhões, crescimento de R$ 899,5 milhões na comparação com o final do 4T24, de R$ 3.866,3 milhões, impulsionado pelo resultado operacional e captações e desembolsos no período. Relação de dívida lIquida/EBITDA nos últimos 12 meses em 2,6x. Considerando o ebitda ajustado, sem efeito do Impairment no 4T24, a alavancagem seria de 2,3x.

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