O prejuízo líquido da Eneva subiu 231,2% no quarto trimestre de 2024 na comparação com igual período do ano anterior, para R$ 962,6 milhões. Em 2024, a companhia totalizou resultado líquido de R$ 42 milhões, queda de 80,7% na comparação anual.
Já a receita operacional líquida do trimestre foi de R$ 4,9 bilhões, um avanço de 79% na mesma comparação. Em 2024, o mesmo indicador cresceu 12,8% sobre 2023, para R$ 11,4 bilhões.
No período, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 20% frente ao quarto trimestre de 2023, para R$ 1,2 bilhão, , refletindo, sobretudo, o maior despacho das usinas da Eneva e a entrada do resultado pró rata dos ativos térmicos adquiridos no 4T24.
De janeiro a dezembro, o ebitda ajustado somou R$ 4,5 bilhões, alta anual de 5,9%.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período com redução de 1,11 vez, para 2,42 vezes ao final do 4T24 versus 3T24, pós follow-on e M&A, com redução da dívida líquida consolidada e a entrada do ebitda dos ativos adquiridos. Considerando o ebitda ajustado sem efeito do Impairment, a alavancagem reduziria para 2,18 vezes.
A companhia destacou a conclusão da aquisição dos ativos do portfólio de geração de energia termelétrica do BTG (M&A) no 4T24, adicionando 859 MW de capacidade instalada operacional ao portfólio com contratos regulados de curto e longo prazos.
Mensagem da administração
“Nos últimos anos, a Eneva dedicou-se a executar um programa de investimentos agressivo para cumprir com as obrigações oriundas das vitórias nos leilões de energia de 2021 e 2022 e do êxito na assinatura de contratos para fornecimento de GNL a partir do Complexo do Parnaíba. Apesar do desafio da implementação simultânea de múltiplos projetos de capital e de vultosos desembolsos de CAPEX, conseguimos aprimorar as competências da companhia, controlar os custos e melhorar a eficiência operacional, mantendo uma trajetória de desalavancagem.”
“Em 2024 avançamos rapidamente em diversas frentes, preparando a companhia para o próximo ciclo de crescimento. Comissionamos dois grandes projetos de capital: Parnaíba VI e a planta de liquefação de gás do Parnaíba, e completamos o gasoduto de 120Km que interliga Gavião Mateiro e Gavião Belo a unidade de tratamento de gás do Complexo do Parnaíba. Ao mesmo tempo, avançamos na implementação do projeto Azulão 950, que se mantém dentro do cronograma. Ainda em 2024, atingimos nosso melhor desempenho em saúde e segurança nos últimos 10 anos, com uma redução de mais de 50% nas taxas de acidentes em comparação a 2023.”
“Na área financeira e de M&A, demos um salto maior, através da aquisição de um portfólio termelétrico de 859 MW e a realização de um Follow-On. Capturamos sinergias operacionais e financeiras, que geraram valor para nossos acionistas, e abrimos espaço em nosso balanço para um novo ciclo de investimentos. Ao mesmo tempo, a governança da Companhia foi simplificada com uma nova distribuição da base acionária.”
“Nesse período, também aprofundamos nosso entendimento das necessidades energéticas do Brasil, seja na matriz elétrica, seja na utilização do gás natural ou do GNL em pequena escala, e desenvolvemos diversos projetos de expansão que utilizam as competências fundamentais da Eneva. Esses projetos são altamente competitivos, possuem grande probabilidade de serem contratados em um futuro próximo e têm muito potencial de geração de valor para a companhia, seus acionistas e para a sociedade.”
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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