Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2025 – A manutenção de embarques de arroz em casca no pico da entressafra e a recuperação dos preços do grão na Bolsa de Chicago têm reduzido o impacto da iminente entrada de safra brasileira sobre as cotações. A constatação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento.
A média no Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, ficou em R$ 98,32 por saca de 50 quilos nesta quinta-feira, contra R$ 99,72 do dia 6. Em relação ao mesmo período do mês passado, a retração era de 1,91%. Na comparação com o mesmo momento do ano passado, a queda chegava a 15,79%.
“A desvalorizações mensal reflete a iminência da intensificação da colheita, não apenas no Rio Grande do Sul, mas em praticamente todas as regiões produtoras”, pondera Bento. No próximo bimestre (março-abril), cerca de 80% de todo arroz produzido no Brasil é colhido. “Já a forte queda em relação ao ano passado se deve ao aumento expressivo na estimativa de produção”, acrescenta.
Para Safras & Mercado, a produção brasileira deve ser aproximadamente 1,3 milhão de toneladas maior que a anterior (+12,3%), com o Rio Grande do Sul colhendo 835 mil toneladas a mais que em 2024 (+11,8%).
O quinto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2024/25 de arroz indicou a produção de 11,790 milhões de toneladas. O número representa um acréscimo de 11,4% sobre as 10,585 milhões de toneladas de 2023/24. No quarto, foram 11,985 milhões de toneladas.
O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 7,997 milhões de toneladas, equivalendo a um avanço de 11,7%. A área prevista é de 951,9 mil hectares, ante 900,6 mil em 2023/24, com rendimento esperado de 8.402 quilos por hectare, ante 7.950 quilos da temporada anterior.
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Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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