Porto Alegre, 26 de abril de 2023 – O dólar comercial fechou em queda de 0,11%, cotado a R$ 5,0580. Em sessão morna, o mercado mostrou receio com o desfecho da tramitação do arcabouço fiscal na Câmara, além das reuniões de Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Comitê de Política Monetária (Copom) que ocorrem na próxima semana.
De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “não tem uma força para cravar tendência neste momento. As decisões de política monetária devem surtir efeito em maio”, referindo-se às reuniões do Fed e Copom que ocorrem na próxima semana.
Abdelmal entende que o real tem se beneficiado, neste momento, do fluxo estrangeiro, mas caso a Selic (taxa básica de juros) comece ser cortada no segundo semestre e as taxas norte-americanas permaneçam inalteradas, a moeda brasileira perderá o seu diferencial.
O head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, entende que enquanto o Boletim Focus do Banco Central (BC) não apontar uma desaceleração da inflação para 2024, o Copom não deve dar início aos cortes na Selic.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o IPCA-15 não mexeu muito com o câmbio. Há um breve de alívio de Serviços, mas ainda pressionando. Dentro deste cenário, ainda tem coisas a se resolver, como a difusão dos números industriais e de Serviços. Está no caminho de resolver o problema, mas ainda não é a hora de cortar juros”. O IPCA-15 de abril teve alta de 0,57% ante projeções de +0,60%.
Vieira acredita que o driver segue sendo o fiscal: “O mais importante não é a votação, mas sim a mudança no texto, que está muito ruim”, opina.
As informações partem da Agência CMA.
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