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Em Roraima, ministro da Energia diz que espera avançar na exploração de petróleo na bacia de Tacutu

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Em entrevista a jornalistas, em Roraima, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que Roraima está ao lado da Guiana, que se desenvolve com o petróleo “um mineral que também é importante para o Brasil”. Ele disse que espera avançar com o desenvolvimento de dois blocos exploratórios de petróleo na bacia de Tacutu, que foram incluídos no sistema de Oferta Permanente de Concessão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em dezembro de 2024.

“Roraima é um estado que é importante, está numa posição geográfica muito importante, inclusive para o setor elétrico brasileiro. Nós estamos aqui ao lado da Guiana, que se desenvolve rapidamente com a exploração de um mineral importante também para o Brasil, que é o petróleo”, disse. “Nós vamos fazer, esse ano ainda, o desenvolvimento de dois blocos, um na Bacia de Tacutu, agora no segundo semestre, em novembro. Já tem demonstração de interessados nessa bacia, é uma fronteira importante de exploração. E nós esperamos concluir isso ainda esse ano para que Roraima tenha ainda mais desenvolvimento”, disse.

Em 18 de dezembro de 2024, o ministério de Minas e Energia anunciou a assinatura de cinco novas Manifestações Conjuntas com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) para a inclusão de 393 blocos e 5 campos de petróleo e gás natural no sistema de Oferta Permanente de Concessão da ANP. As novas áreas, localizadas nas bacias do Recôncavo, Tucano, Santos, Campos, Paranaíba e Tacutu preveem investimentos mínimos de R$ 3,7 bilhões e R$ 489 milhões em bônus de assinatura.

Os 2 blocos na Bacia do Tacutu, em Roraima, estão entre os 133 incluído em áreas terrestres. A parte brasileira do Tacutu abrange cerca de 15 mil quilômetros quadrados e, considerando que a última perfuração na região ocorreu na década de 1980, essa é considerada uma nova fronteira de exploração.

“Uma das manifestações assinadas autoriza a entrada de dois blocos da Bacia do Tacutu, localizada na fronteira entre o estado brasileiro de Roraima e a Guiana, atendendo a uma antiga reivindicação do estado pela exploração no local. O instrumento indica as ressalvas socioambientais para a exploração de petróleo e gás na bacia, reforçando o compromisso do MME com a segurança energética aliada à sustentabilidade ambiental”, disse o MME, na ocasião.

Linhão de Tucuruí

Ao mesmo tempo, o ministro destacou a possibilidade do país avançar na liderança da transição energética global, com a conclusão das obras da Linha de Transmissão (LT) Tucuruí 500 kV, as quais o ministro foi fiscalizar, já que, segundo a pasta, irão garantir uma economia anual de mais de R$ 1 bilhão da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que compõe a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para todos os consumidores de energia do Brasil, por conta do desligamento das térmicas a óleo.

O ministro destacou que o governo federal “é do diálogo, independente da coloração política”, em meio a rumores de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, vem pressionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para demitir o ministro de Minas e Energia. Ambos acompanharão o presidente na viagem ao Japão neste sábado (22).

“É aquilo que o presidente Lula fala com todos nós. É, independente de colorações partidárias, é o governo do diálogo, é o governo da construção, é o governo da boa política, é o governo que se preocupa com resultado.”

O governador de Roraima, Antonio Denarium, também destacou parcerias com o governo federal em geração de energia híbrida, com a inauguração de três termelétricas a biodiesel e energia solar em Amajari, Pacaraima e Uiramutã. Ele disse que o linhão de Tucuruí permitirá conectar o estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Com essa obra, Roraima deixará de ser o único estado do Brasil que não está interligada no Sistema Integrado Nacional. Ela foi efetuada a ordem de serviço pelo presidente Lula no dia 4 de agosto de 2023, com um projeto que começou na gestão anterior, mas somente foi efetivada agora. E a previsão de inauguração até dezembro de 2025.Com o linhão que está sendo construído de Manaus para Boa Vista, logo, logo, nós estaremos exportando energia para outros estados e também para outros países”, acrescentou.

O governador de Roraima disse que o Linhão de Tucuruí será fundamental para atrair novos investidores e fazer o desenvolvimento econômico do estado.

Ao ser questionado sobre a estrutura de internet da região, o ministro prometeu uma visita do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ao estado. Já o governador Denarium complementou a informação e disse que “o trecho de internet do Amazonas, do Rio Negro, de Vila de Moura, até Caracaraí, já foi efetivado, veio subaquático no fundo do Rio Branco, e está sendo efetuada a obra de Caracaraí até Boa Vista, subterrânea, e tem a perspectiva de inauguração ainda em 2025”. Segundo o governador, a obra vai ampliar em 13 vezes a velocidade da energia no estádo de Roraima e vai dar mais redundância, com uma capacidade de atender “um maior número de pessoas”. Em relação à volta da importação da energia elétrica da Venezuela, pelo Brasil, desde o mês passado, o ministro disse que “a integração energética é fundamental” e disse que, “a médio prazo, essa interligação vai poder trazer energia para Roraima e para todo o Brasil, já que Roraima estará interligado a como todos os outros estados da Federação, ao sistema Sistema Interligado Nacional”.

Silveira disse que os testes estão sendo feitos e que ainda pouca a energia está sendo importada da Venezuela, para garantir a “segurança total” da operação”. “É importante destacar que qualquer energia, para ser deslocada até aqui, ela tem que ser mais barata do que a energia daqui para o nosso sistema. Isso é fundamental de ser destacado.”

O ministro disse que a usina hidrelétrica de Guri, na Venezuela, precisa de investimentos e é uma fonte de energia “limpa e renovável”. “É importante destacar, é energia limpa, renovável. E precisa de investimentos para poder robustecer a produção de energia na usina de Guri.”

Ele também citou como exemplo que, esse ano, o Brasil também exportou energia para o Uruguai e para a Argentina. “O que permitiu parte dessa tarifa ser compensada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, reduzindo a conta de energia do Brasil”, destacou. “Essas medidas de integração é que fazem com que, muitas vezes, a gente consiga manter a bandeira verde, em momentos, inclusive, de escassez hídrica. É o que nós queremos fazer com a Venezuela, depois queremos fazer com a Guiana. Temos que sonhar com com o arco do setor elétrico aqui, pela Guiana.”

Sobre o Luz para Todos, o ministro disse que o governo liberou “uma nova tranche para Roraima, de mais de R$ 100 milhões, parte para ser feita por interligação de linha, e outra com placa solar”, que levará “aos ribeirinhos, aos locais mais extremos, aos povos originários, unidades indígenas, energia limpa e renovável”. “Eu pude inaugurar várias dessas unidades no estado do Pará e quero voltar a Roraima para poder fazer essas entregas aos povos que não tem acesso à energia aqui no estado.”

Alexandre Silveira fiscaliza obras do Linhão Manaus-Boa Vista, em Roraima

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi a Roraima nesta sexta-feira (21/03) para fiscalizar as obras da Linha de Transmissão (LT) Tucuruí 500 kV, que irão garantir uma economia de mais de R$ 1 bilhão por ano na conta do consumidor brasileiro. A obra está sendo executada pela Transnorte Energia (TNE), que tem como sócios Alupar (51%) e Eletronorte (49%). Segundo Silveira, a obra está mais de 70% concluída e deve ser concluída até setembro.

“O prazo é setembro para conclusão da obra, mas eu estou dando como prazo final até dezembro a gente ter essa região toda e o linhão já energizado”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas.

Segundo comunicado divulgado pelo ministério, o Linhão Manaus-Boa Vista conta com 80% das obras concluídas e tem previsão de ficar pronto até o fim de 2025, marcando a integração do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo o último ainda desconectado da rede nacional. O investimento total é de R$ 2,6 bilhões.

Ao todo, as linhas terão 725 km de extensão, cruzando territórios indígenas e ligando o estado do Amazonas a Roraima. A TNE venceu, em 2021, o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), e poderá administrar o empreendimento até 2042.

Além da extensão completa da LT, o contrato de concessão da TNE também contempla a utilização e manutenção de três subestações (SEs) associadas. As SEs Engenheiro Lechuga, Equador e Boa Vista contarão com o reforço de 36 reatores, que juntos somam 190,6 megavars (MVAr) de potência reativa; quatro linhas de circuito duplo (dois circuitos elétricos independentes); e sete transformadores de potência aparente, totalizando 400 MVA.

O governo prevê zerar a geração na região a partir do diesel e, com isso, deixar de emitir 1,5 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera, economizando mais de R$ 1 bilhão por ano na conta de consumo de combustíveis.

Silveira disse que o estado ainda precisa utilizar energia vinda de matrizes não renováveis no dia a dia.

Luz para Todos Roraima

Alexandre Silveira também destacou, durante seu encontro com os trabalhadores da obra do Linhão, a atuação do MME no estado por meio do programa Luz para Todos (LPT). Em 2024, Roraima recebeu 1.686 novas ligações, beneficiando aproximadamente 6,7 mil pessoas.

Por meio desse programa, criado pelo presidente Lula em 2003, estamos desenvolvendo uma cadeia produtiva com a missão de levar energia para todas as brasileiras e todos os brasileiros. Atualmente, temos um contrato já aprovado no MME para atender, em 2025, mais 1.484 famílias da nossa querida Roraima, beneficiando assim quase 6 mil pessoas, afirmou o ministro.

Segue em análise pelo MME também um novo contrato, que atenderá mais de 7 mil famílias, beneficiando aproximadamente 28,9 mil pessoas.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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