Porto Alegre, 2 de julho de 2021 – Em um processo de ajuste aos preços internacionais e sofrendo pressão da desvalorização do dólar em relação ao real, os preços domésticos do algodão encerraram o mês de junho com queda de 7,3%. No CIF do polo industrial paulista, a fibra finalizou a R$ 4,68 por libra-peso, contra R$ 5,02/lb do início do mês e no menor patamar desde o último dia 17 de fevereiro.
Apesar da queda mensal, no acumulado do primeiro semestre de 2021, a pluma conta alta de 20,5%. No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou o mês a 92,41 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), recuando 4,3% em relação ao anterior.
Ante ao contrato de maior liquidez (dezembro/21) negociado na Bolsa de Nova York, a pluma brasileira fechou junho cotada a um valor 8,8% superior. Há uma semana, era 9,0% superior e, há um mês, 15,9% mais alta. “A redução mensal dessa margem em relação à Nova York foi o resultado da queda interna, combinada à alta dos preços internacionais, e só não foi maior porque houve uma desvalorização do dólar em relação ao real de 4,6%”, pondera.
As exportações brasileiras de algodão bruto somaram 100,612 mil toneladas em junho (21 dias úteis), com média diária de 4,791 mil toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 176,995 milhões, com média diária de US$ 8,428 milhões. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 77,43% no volume diário exportado (2,700 mil toneladas diárias em junho de 2020). Já a receita diária teve elevação de 111,35% (US$ 3,987 milhões diários em junho de 2020).
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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