Em outubro, demanda apresentou melhora no mercado doméstico de algodão

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     Porto Alegre, 3 de novembro de 2023 – O mês de outubro teve uma melhora na demanda no mercado brasileiro de algodão, o que deu suporte às cotações diante das perdas mais expressivas da pluma na Bolsa de Nova York, informou a SAFRAS Consultoria. No balanço do mês, a queda foi de 6,8% no acumulado do contrato dezembro/23.

     Ao longo do mês, o volume comercializado foi moderado, com um leve recuo na última semana. Mesmo assim, a base compradora supriu a queda nos preços internacionais. Na quarta-feira (01) véspera do feriado brasileiro, o valor do algodão no CIF de São Paulo girou em torno de R$ 3,96 por libra-peso. Na semana passada era cotada a R$ 4,02 por libra-peso, correspondendo a uma desvalorização de 1,49%. No mesmo período do mês de setembro, quando a pluma trocava de mãos a R$ 4,01 por libra-peso, a queda foi de 1,25%.

     No porto FOB de Santos o preço do algodão encerrou o dia 2 em 76,31 centavos de dólar ante US$ 77,55 do mês de anterior, um recuo de 1,60%. Já o prêmio do algodão brasileiro está menos competitivo, mas ainda segue negativo. O valor pago pelo prêmio na Bolsa de NY ficou em -3,13 centavos/libra-peso. Há uma semana era -6,26 centavos, enquanto há um mês era -10,42 centavos/libra-peso contra ICE US.

Preço do caroço em Mato Grosso

     O preço do caroço de algodão seguiu tendência baixista em Mato Grosso, ficando precificado na média de R$ 597,09/t, desvalorização de 3,24% no comparativo semanal. O cenário atual está relacionado a duas questões principais: a maior oferta do produto em Mato Grosso, devido ao avanço do beneficiamento da produção da safra 2022/23 e a demanda enfraquecida pelo caroço no estado. A respeito do menor consumo, cabe destacar que não é uma questão recente, mas que vem se desenhando há alguns meses. Como comparação, o caroço apresentou desvalorização de 58,12% ante o mesmo período do ano passado.

     Por fim, no curto prazo, não há fatores que indiquem movimento de alta nas cotações, visto a estimativa de produção recorde de caroço para a safra 2022/23, somado ao recuo nas intenções de confinamento para 2023 ante a 2022, o que enfraquece o consumo do subproduto. As informações constam no Boletim Semanal do Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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