Em meio a oferta de animais ajustada, preços do mercado de suínos permanecem firmes no curto prazo

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Porto Alegre, 13 de setembro de 2024 – Os preços do suíno vivo permaneceram firmes na semana, com uma tendência de alta. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, em contraste, os preços dos cortes no atacado mostraram sinais de acomodação.

“Os suinocultores destacam que a oferta de animais está ajustada, o que contribui para a sustentação dos preços no curto prazo”, relatou. De acordo com ele, os frigoríficos têm adotado uma postura cautelosa nas negociações, observando a estabilização dos preços da carne e a possível redução na reposição entre atacado e varejo ao longo da segunda quinzena do mês.

Maia estima que um fator positivo que pode impulsionar o escoamento dos cortes suínos é o aumento consistente dos preços da carne bovina. Ele melhora a atratividade dos produtos suínos. Além disso, a exportação brasileira continua sendo uma variável favorável, ajudando a ajustar a disponibilidade doméstica.

“No entanto, o movimento do dólar deve ser monitorado com atenção: uma valorização da moeda pode beneficiar os embarques, mas também pode levar ao aumento dos preços dos insumos utilizados na produção”, completou.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no período de 4 a 11 de setembro, os preços tiveram variações significativas em diferentes praças do Brasil. O preço do suíno CIF frigorífico em São Paulo teve um aumento modesto de 0,60%, passando de R$ 167,00 para R$ 168,00.

No Rio Grande do Sul, a integração registrou um aumento de 3,42%, de R$ 5,85 para R$ 6,05, enquanto o interior subiu 1,24%, de R$ 8,05 para R$ 8,15. A elevação foi de R$ 0,20 e R$ 0,10, respectivamente. Já em Santa Catarina os preços na integração subiram 3,39%, de R$ 5,90 para R$ 6,10, enquanto o interior teve um aumento modesto de 0,61%, passando de R$ 8,20 para R$ 8,25. O ajuste foi de R$ 0,20 e R$ 0,05, respectivamente.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado também apontou uma variedade de ajustes no Paraná, com o Oeste subindo 1,89% (de R$ 7,95 para R$ 8,10) e Castro, Arapoti/PG e mercado livre apresentando incrementos de 2,47% (de R$ 8,10 para R$ 8,30). A integração no PR teve um aumento mais significativo de 7,41%, subindo de R$ 5,40 para R$ 5,80. As mudanças foram de R$ 0,15, R$ 0,20 e R$ 0,40, respectivamente.

No Mato Grosso, os preços em Rondonópolis e na integração não apresentaram variações, permanecendo em R$ 7,90 e R$ 5,85, respectivamente. Na integração, houve um aumento de 4,27%, de R$ 5,85 para R$ 6,10, com um incremento de R$ 0,25. A média dos preços na região Centro-Sul subiu 1,64%, passando de R$ 7,55 para R$ 7,67, com uma variação de R$ 0,12.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 65,340 milhões em setembro (5 dias úteis), com média diária de US$ 13,068 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 25,538 mil toneladas, com média diária de 5,107 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.558,5.

Em relação a setembro de 2023, houve alta de 14,4% no valor médio diário, avanço de 3,8% na quantidade média diária e alta de 10,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Safras News

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