Porto Alegre, 4 de novembro de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta. A demanda firme pelo produto dos Estados Unidos, as preocupações com o potencial produtivo naquele país e a previsão de clima seco na América do Sul impulsionaram os preços.
Os sinais são de demanda aquecida pela soja americana, incluindo o embarque de 38 mil toneladas para o Brasil, maior exportador mundial e principal concorrente no mercado externo. Amanhã, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará seu levantamento semanal para embarques e o mercado aposta em número entre 800 mil e 1,7 milhão de toneladas.
Em setembro, os americanos embaraçaram 7,78 milhões de toneladas de soja em grão, conforme números oficiais. O volume é o dobro do exportado no mesmo mês do ano passado e 73% maior que agosto. Mais de 5 milhões de toneladas tiveram como destino o mercado chinês.
O rendimento final da safra americana também preocupa. A expectativa é de revisão para baixo na previsão de safra do USDA. Os investidores procuram um melhor posicionamento. O relatório de novembro será divulgado no dia 10.
Boa parte da alta de hoje também foi assegurada pelas preocupações com o clima na América do Sul. Mesmo com o avanço do plantio no Brasil, as chuvas não são uniformes e regulares.
Em dia de acirrada disputa pela presidência dos Estados Unidos, o mercado financeiro internacional teve um dia tranquilo, com petróleo e ações em alta e dólar em baixa. A serenidade também tomou conta dos mercados de commodities agrícolas.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 22,00 centavos de dólar por libra-peso ou 2,06% a US$ 10,86 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 10,79 3/4 por bushel, com ganho de 22,00 centavos ou 2,07%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 8,50 ou 2,25% a US$ 385,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,39 centavos de dólar, alta de 0,61 centavo ou 1,8%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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