São Paulo, 16 de julho de 2025 – A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico, assinou hoje a renovação por mais 30 anos do contrato da concessão de Distribuição de Energia para 70 municípios em que atua no estado do Espírito Santo. A empresa é a primeira do país a ter sua concessão renovada seguindo o novo modelo de avaliação criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A empresa anunciou que vai investir cerca de R$ 5 bilhões no estado até 2030, um crescimento de 40% na comparação com os investimentos realizados entre 2019 e 2024.
O aumento do investimento será canalizado para melhorar os processos de atendimento ao cliente, para continuar a investir na digitalização e automação da rede, bem como para reforçar a resiliência das redes de distribuição de energia, fundamental no contexto das alterações climáticas. A empresa busca garantir a qualidade de serviço e expansão da infraestrutura para os 1,7 milhão de consumidores.
A assinatura aconteceu em uma cerimônia realizada no Palácio Anchieta, em Vitória, que contou com a presença do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do governador do estado do Espírito Santo, Renato Casagrande e do CEO da EDP na América do Sul, João Brito Martins, entre outras autoridades, além de colaboradores da EDP.
Com a renovação, a EDP segue responsável pela distribuição de energia em 90% do Espírito Santo até 2055, reforçando o compromisso com o estado do Espírito Santo e com a população capixaba, de continuar a prestar um serviço de elevada qualidade.
“A renovação da concessão de Distribuição de Energia consolida e ratifica a confiança do Ministério de Minas e Energia, dos órgãos reguladores, do Governo do Espírito Santo, e dos clientes capixabas no trabalho realizado pela EDP. E é motivo de grande orgulho para toda a equipe da EDP, a quem agradeço o esforço e compromisso e dedico este importante marco alcançado”, afirmou João Brito Martins, CEO da EDP na América do Sul.
“Quando iniciamos as nossas operações no Estado, tínhamos um enorme desafio, o de transformar o setor de energia, melhorar a qualidade de serviço e garantir a universalização do fornecimento de energia elétrica, melhorando a vida dos capixabas e sendo um agente facilitador do crescimento econômico. Hoje, o nosso trabalho alcançou recordes, com os indicadores de qualidade de serviço entre os melhores do país, que refletem uma significativa melhora na qualidade do fornecimento. Além disso, vemos que a nossa energia foi muito além da rede elétrica. Ela chegou também por meio da educação, do esporte e da cultura. Daqui pra frente, além de continuar a trabalhar para o desenvolvimento econômico e social do estado, impactando positivamente a vida dos nossos clientes, os nossos esforços serão estrategicamente direcionados para tornar as nossas redes mais inteligentes, digitalizadas e automatizadas, bem como para assegurar mais confiabilidade e qualidade no serviço prestado à sociedade” , concluiu o executivo.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou de cerimônia da companhia portuguesa de energia EDP, nesta quarta-feira, em Vitória (ES), que anunciou R$ 5 bilhões em novos investimentos no Espírito Santo até 2030. Segundo a pasta, a iniciativa marca um novo ciclo de modernização da rede elétrica no estado, com foco em digitalização, melhoria do atendimento e adaptação às mudanças climáticas. Durante a cerimônia, também foi assinada a renovação do contrato de concessão da distribuidora por mais 30 anos.
“O que celebramos hoje, aqui no Espírito Santo, é o resultado de uma decisão corajosa do presidente Lula: colocar o interesse público no centro da política energética. Estamos garantindo que a energia chegue com mais qualidade à casa dos brasileiros, com regras claras, fiscalização firme e respeito ao consumidor. Com o programa Luz do Povo, levamos dignidade a quem mais precisa. Milhões de famílias agora têm acesso gratuito ou com desconto na conta de luz. Energia não é privilégio, é direito”, afirmou Silveira.
A empresa atende cerca de 1,7 milhão de consumidores em 70 dos 78 municípios do Espírito Santo. Os novos recursos permitirão o fortalecimento da infraestrutura elétrica capixaba, com destaque para ações de digitalização e automação da rede, expansão da qualidade do fornecimento em áreas urbanas e rurais e iniciativas voltadas à inclusão social e ao combate à pobreza energética.
O novo ciclo também exigirá contrapartidas alinhadas ao Decreto nº 12.068/2024, como metas de recomposição em eventos climáticos extremos, melhoria dos canais de atendimento, fortalecimento do Conselho de Consumidores e investimentos voltados à agricultura familiar e ao trabalho decente.
A empresa continuará responsável pela arrecadação dos recursos que sustentam o sistema elétrico, pela execução de programas sociais como o Luz para Todos e o Luz do Povo, e pelo fornecimento de energia para famílias, comércios e indústrias em todo o estado. A expectativa é que o novo contrato promova ganhos expressivos de qualidade, eficiência e confiabilidade no serviço prestado à população capixaba.
A renovação contratual foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 9 de julho, após análise de indicadores de qualidade e desempenho apresentados pela empresa entre 2020 e 2024, que se mantiveram consistentemente abaixo dos limites regulatórios, além de melhorias na gestão econômico-financeira da companhia.
O ministro Alexandre Silveira esteve acompanhado de autoridades e representantes do setor elétrico e do governo capixaba. Compuseram o dispositivo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande o vice-governador, Ricardo Ferraço; o secretário Nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira; o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Marcio Rea; o diretor substituto da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Ivo Sechi Nazareno; o presidente da EDP, João Brito Martins; e o ex-CEO da companhia na América do Sul, João Marques da Cruz.
Ministro comenta pauta da reunião do CMSE, leilão de gás da União e impactos do tarifaço
Em entrevista a jornalistas no evento da EDP, no Espírito Santo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em reunião que será realizada hoje, avaliará as condições de suprimento de energia no País.
“Isso será avaliado minuciosamente. Eu sempre falo que a energia cara é aquela que não existe, é a energia que falta. O acompanhamento da segurança energética é algo que a gente faz de forma muito criteriosa e, caso seja necessário, vamos tomar coragem para tomar medidas para não ter problemas como o que vivemos em 2001 e quase vivemos em 2021.”
Ao ser questionado sobre possíveis impactos do tarifaço aos produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para gasolina e energia, Silveira disse que não são esperados reflexos. “Vimos um ataque completamente insano à soberania nacional. O presidente Lula reage com diálogo, propondo soluções que tragam tranquilidade aos empresários e permitam voltar à normalidade”, comentou. Em relação à adoção da reciprocidade na questão, o ministro disse que o presidente defende a soberania e que o governo bauscará a solução pela via diplomática.
Silveira também falou que o preço do gás natural poderá ficar entre US$ 5 a US$ 7 MMBtu (um milhão de unidades térmicas britânicas) no primeiro leilão da União sobre esse insumo, sob responsabilidade da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). O certamente poderá ser realizado ainda neste ano. “Desde o primeiro mandato do presidente Lula, se persegue uma política de gás que possa efetivamente diminuir o preço da molécula para impulsionar a nossa indústria”. Silveira disse que a indústria química brasileira é ociosa por que é pouco competitiva em comparação com outros países, especialmente, com os Tigres Asiáticos. Segundo o ministro, ao permitir que a energia chegue mais barata, a indústria fica mais competitiva. “Por isso, a medida provisória enviada pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, vamos regular o gasoduto de escoamento e as UPGNs a fim de diminuir o preço da molécula, para o gás chegar mais barato para a indústria e fazer o primeiro leilão de gás da União, da PPSA.
Em relação à renovação das concessões, ele disse que “há uma regra clara: para se permitir incluir no rol das empresas que podem renovar, elas têm que cumprir índices regulatórios determinados pela Aneel. Eles serão avaliados de forma técnica e só renovarão aquelas que efetivamente cumprirem esses índices”, disse o ministro, que citou a EDP como exemplo, em evento que marcou a assinatura da renovação da concessão da distribuidora no Espírito Santo.
Com informações da EDP e do MME.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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