Dólar testa R$ 5,50 e estimula exportações de arroz

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     Porto Alegre, 22 de julho de 2022 – O mercado brasileiro de arroz teve mais uma semana positiva em relação aos preços. Na média do Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos finalizou cotada a R$ 77,02, avanço de 1,82% em relação a semana passada, 6,60% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior e 5,51% superior quando comparado ao mesmo período do ano passado.

“A moeda norte-americana voltou a avançar, chegando a superar o nível de R$ 5,50 durante a quinta-feira e trazendo um maior ímpeto para os negócios com exportação”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.

De acordo com o último relatório de embarques nos portos brasileiros, aproximadamente 75,9 mil toneladas de arroz estão programadas para embarque ainda no mês de julho. Para agosto, cerca de 46,2 mil toneladas de arroz estão programadas para embarque ainda na primeira quinzena do mês. “Os principais destinos das vendas externas brasileiras seguem sendo o México, Venezuela e Senegal”, enumera. “Para o mês de agosto, há também um embarque para a Argentina”, completa.

De acordo com o levantamento de intenção de plantio realizado por SAFRAS & Mercado, a área a ser plantada com arroz no Brasil na temporada 2022/23 deve ser de 1,633 milhão de hectares, o que representa um decréscimo de 3,2% em relação à da safra anterior. A produtividade média pode somar 6.588 quilos por hectare, ante 6.468 quilos em 2021/22.

Veja também a entrevista com o Analista de SAFRAS

Conforme o analista, os elevados custos de produção, aliados às baixas rentabilidades registradas a partir do segundo semestre de 2021, serão o principal fator de incentivo para uma nova redução da área brasileira de arroz. “Entre os fatores que mais impactam os custos de produção no Brasil estão o câmbio apreciado, os elevados gastos com logística e o abastecimento de insumos”, enumera. “Diante de condições climáticas favoráveis, o Brasil poderá colher uma nova safra regular de arroz na temporada 2022/23, recuperando a produtividade de temporadas anteriores e atingindo aproximadamente 10,757 milhões de toneladas”, completa o consultor.

Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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