Porto Alegre, 21 de setembro de 2023 – O dólar comercial fechou em alta de 1,12%, cotado a R$ 4,9346. A moeda refletiu, ao longo de toda a sessão, a tensão com os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que pode não apenas subir as taxas mantê-las em patamar elevado por um período mais prolongado que o projetado inicialmente.
Segundo o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, o cenário doméstico permanece favorável, atraente para o investidor, e hoje o dólar está alinhado ao movimento global.
Para o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, “o que está pegando é a alta dos juros longos, o mercado está reprecificando isso. O recado que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está passando é que irá manter os juros altos por muito tempo”.
Borsoi pontua que o Fed não está convicto sobre o cenário de juros a longo prazo, e que existe divergência entre os diretores da instituição sobre a taxa de equilíbrio, de que esta é maior do que supunham inicialmente.
Sublinhando que o cenário global é muito difícil, Borsoi acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) encontra-se em uma encruzilhada, e que o fiscal incerto faz com que o investidor peça um prêmio mais alto para aportar o dinheiro no Brasil.
Já no cenário doméstico, o Copom veio em linha com a expectativa do mercado, cortando em 0,5 ponto percentual (pp) a Selic (taxa básica de juros), que foi a 12,75%.
Para a economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “embora o Fed tenha mantido a taxa, trouxe um discurso mais duro, sinalizando que poderá subir novamente os juros caso a inflação permaneça elevada e a economia mais forte. Isso fez o dólar subir no final do dia e pode fazer pressão no curto prazo”.
As informações partem da Agência CMA.
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