Porto Alegre, 19 de agosto de 2021 – O dólar comercial fechou a sessão em 5,4220, com alta de 0,87%. Esse movimento ainda é reflexo dos indícios que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) apontou, em relatório divulgado nesta quarta, que os estímulos à economia começarão a ser retirados ainda em 2021.
Para a economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto, “a inflação nos Estados Unidos ainda está mais persistente do que o previsto, por isso a ata do Fed, ontem, fez esse alerta”. Pasianotto acredita que os estímulos devem começar a ser retirados em dezembro.
“O temor sobre a variante com a variante delta também traz muitas incertezas ao mercado externo, com uma nova quarentena e com portos no sudeste asiático praticamente parados”, analista a economista.
Para o sócio da Euroinvest, Cristiano Fernandes, “o mercado não esperava uma ata forte assim, então o dólar foi muito apreciado”.
Já no cenário interno, as questões políticas e fiscais se confundem, reforçando a atmosfera de incertezas sobre os rumos da política econômica.
“Vivemos em um momento com a possível quebra do teto, e isso representa um risco, fazendo com que o dólar fique estacionado”, pontua Fernandes.
“A postura do Banco Central está mais agressiva, com o aumento da taxa de juros. Vamos ter de sacrificar, por exemplo, o setor imobiliário, com o encarecimento das taxas de financiamento”, avalia Fernandes, que prevê um aumento de ao menos 1pp na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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