Porto Alegre, 03 de julho de 2020 – O dólar comercial fechou em queda de 0,56% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3240 para venda, em sessão esvaziada com o feriado nos Estados Unidos, que reduziu os negócios e a liquidez do mercado. Apesar da volatilidade na primeira parte dos negócios, o dólar teve movimento lateral ao longo da tarde com oscilações pontuais.
“O dólar voltou a ter um comportamento volátil abrindo em alta, mas passou a cair ao longo da sessão acompanhando o movimento de alta do peso mexicano em dia de baixa liquidez e de poucos negócios em função do feriado nos Estados Unidos. Ainda assim, a nossa moeda trabalhou com uma forte amplitude”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.
A moeda fechou a semana com desvalorização de 2,5% interrompendo uma sequência de três semanas seguidas de alta, com a divulgação de números melhores do que o esperado nos Estados Unidos, principalmente em relação ao mercado de trabalho. O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, ressalta que o bom humor voltou nos últimos dias com a divulgação de indicadores econômicos de junho mais positivos na China e na zona do Euro.
A notícia de que os resultados dos testes de uma possível vacina para combater o novo coronavírus deram positivos corroborou para o viés de baixa. “A vacina é um fator positivo quando somamos com a retomada econômica, mas temos que colocar os pés no chão e lembrar que a vacina não fica pronta neste ano por mais promissora que seja”, avalia o estrategista-chefe do grupo Laatus, Jefferson Laatus.
O risco de uma segunda onda de contágio pelo novo coronavírus nos Estados Unidos, com a nova alta no número de casos confirmados, também precificou a moeda estrangeira com a preocupação de que o avanço da pandemia permanece, destaca a equipe econômica do Bradesco.
“O aumento do número de novos casos e de hospitalizações em alguns estados americanos levou a uma nova rodada de restrições. Esse processo pode contribuir para atrasar ou mesmo limitar a recuperação [da economia] e a melhora dos mercados”, dizem os analistas do banco.
Na semana que vem, o destaque é a agenda de indicadores com os números de atividade dos Estados Unidos e da China em junho, enquanto na Europa e aqui saem os dados de varejo de maio.
“Levando em consideração que são dados de junho, quando houve a reabertura de boa parte da economia norte-americana os dados devem vir bons. E se ficarem próximos da marca que separa crescimento de contração, o mercado deverá reagir com otimismo”, aposta o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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