Dólar fecha em forte queda diante de euforia do mercado com resultado das eleições

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     Porto Alegre, 03 de outubro de 2022 – O dólar comercial fechou em queda de 4,05%, cotado a R$ 5,1760. A moeda refletiu a euforia do mercado com as eleições de ontem, com nomes que poderiam reforçar a pauta econômica liberal.

    Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “na leitura do mercado, o Bolsonaro acabou aceitando o resultado, o discurso dele foi sereno. E vai ter que aceitar uma eventual derrota no segundo turno”.

    Nagem explica que o dólar descolou do cenário internacional, e que o ponto de equilíbrio da moeda é entre R$ 5,10 e R$ 5,15.

   Já o analista sênior da Moody’s Investors Service, Samar Maziad, entende que “os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil sugerem uma disputa apertada no segundo turno. Eles também deixaram claro que o próximo governo continuará a lidar com um Congresso muito fragmentado para avançar com a agenda de reformas das políticas públicas. Na nossa opinião, a retomada das reformas estruturais será fundamental para apoiar um crescimento maior no médio prazo e facilitar os esforços de consolidação fiscal, especialmente em um contexto de juros elevados no país. A manutenção da credibilidade do quadro fiscal no Brasil também será essencial para apoiar o perfil de crédito soberano”.

   De acordo com o head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, “a leitura foi bastante positiva. O mercado está eufórico, mas a partir de amanhã as coisas devem voltar ao normal”.

   Moliterno explica que os fatores externos, especialmente as incertezas sobre a Europa, além da tensão que deve envolver o segundo turno das eleições brasileiras, devem gerar volatilidade no dólar nas próximas semanas.

   Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “as eleições são o principal fator para a queda do dólar, o resultado foi surpreendente. A melhor notícia para o mercado é a composição do congresso e da câmara, com candidatos de centro-direita que defendem a agenda liberal. Com isso, existe a tendência de medidas mais responsáveis, independente do presidente que for eleito”.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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