Porto Alegre, 22 de julho de 2021 – O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,38%, cotado a R$ 5,2110 para venda. Investidores acompanharam o cenário externo, com forte volatilidade da moeda norte-americana, e ainda de olho no cenário político brasileiro, onde haverá mudanças ministeriais na próxima segunda-feira.
“Nesta fugaz sessão de quinta-feira, o dólar comercial voltou a exibir forte volatilidade e amplitude, abriu em leve queda acompanhando o seu par do exterior, ampliou suas perdas logo em seguida, aonde passeou pela faixa mínima do dia na casa dos R$5,16, mas voltou a subir e a transitar pelo território positivo, já na segunda hora dos negócios reflexo do fortalecimento de sua congênere do exterior, e por um movimento de cautela com o nosso cenário político, momento em que registrou a máxima do dia na faixa dos R$ 5,22”, explicou Jefferson Rugik, da Correparti Corretora.
“Já na sessão vespertina o dólar comercial operou entre margens estreitas, trocando de sinal entre os campos levemente positivo e negativo, para encerrar os negócios registrando a taxa de R$ 5,21”, finalizou o especialista da Correparti.
Ainda segue no radar dos investidores a disseminação da variante Delta do coronavírus e o cenário político brasileiro. “Do lado da política local, apesar do recesso parlamentar, o presidente Bolsonaro está articulando uma minirreforma ministerial, incluindo a recriação do ministério da educação”, explicou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.
“A trajetória incerta do câmbio, de alternar altas e baixas, diz
justamente sobre a ausência de trigger que justifique no curto prazo algum movimento mais consistente. E, portanto, o câmbio fica sujeito aos fluxos naturais de oferta e demanda. Nada de relevante ocorreu que pudesse justificar movimento forte”, disse João Beck, economista e sócio da BRA.
“Tivemos no início da semana uma realização de lucros e alta do dólar
por receios da variante delta. Mas aos poucos esse risco vai se dissipando e vemos a efetividade das vacinas, dando lugar ao pano de fundo que ainda é construtivo. Assim, sem grandes sustos no front político, podemos esperar que o real retome sua trajetória de valorização que já vinha fazendo”, acrescentou Beck.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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