Porto Alegre, 30 de maio de 2022 – O dólar comercial fechou em alta de 0,31%, cotado a R$ 4,7540. A moeda norte-americana oscilou bastante entre altas e baixas durante a maior parte da sessão, em dia de pouca liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. A reabertura chinesa, contudo, segue mantendo o fluxo estrangeiro e preço das commodities em alta, movimento positivo para o real e outras emergentes.
Apesar desta modesta alta, as perspectivas de curto prazo são favoráveis ao real. Segundo fonte ouvida pela Agência CMA, “o dólar voltou para o suporte de R$ 4,70, aliviado pelo discurso de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) menos duro e a China reabrindo. Com os nossos juros altos, eu não descartaria mais uma rodada de fluxo para o Brasil, já que a premiação ainda é boa”.
De acordo com o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “na ausência de informações, o fluxo estrangeiro ajuda a moeda. O câmbio continua num patamar que consideramos justo, e talvez chegue abaixo dos R$ 4,70 até o final da semana”.
Serrano acredita que no curtíssimo prazo, a tendência do real e outras moedas emergentes ligadas às commodities é de valorização, mas alerta: “é importante ficar de olho nos dados americanos referentes a emprego que saem mais para o final da semana”, observa.
O número de empregos criados ou perdidos pela economia dos Estados Unidos (payroll) e a taxa de desemprego referentes a maio serão divulgados na sexta, às 9h30.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o novo relaxamento das medidas de contenção da Covid-19 na China, em meio a um rali de alívio na expectativa de um Fed menos hawkish (duro, propenso ao aumento dos juros), embala os ativos de risco, com o dólar capotando ante o yuan, levando a ganhos nas moedas de países emergentes”.
Borsoi também entende que as commodities, em especial minério de ferro e petróleo, devem beneficiar a bolsa nesta segunda, proporcionando intenso fluxo estrangeiro.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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