Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2019 – O dólar comercial fechou com ligeira alta de 0,04% no mercado à vista, cotada a R$ 4,3940 para venda, renovando a máxima histórica de fechamento pelo quarto pregão seguido, em sessão marcada pela volatilidade. Após abrir a sessão pressionado, na cotação recorde intraday de R$ 4,4090, a moeda caiu ao nível de R$ 4,37 em movimento global de desvalorização após dados mais fracos dos Estados Unidos.
“O dólar operou bastante volátil. Em meio à força da divisa no exterior na abertura dos negócios, a moeda mostrou uma forte pressão durante toda a manhã. Em um segundo momento, porém, a divulgação de indicadores norte-americanos piores que o esperado tirou a força da divisa perante seus principais pares fortes e emergentes”, comenta o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial norte-americana caiu a 50,8 pontos neste mês, ante 51,9 em janeiro, enquanto analistas projetavam queda a 51,5 pontos. Já o PMI do setor de serviços caiu para 49,4 pontos, no pior nível em mais de seis anos, enquanto o esperado era 53,2 pontos. Em janeiro, o indicador atingiu 53,4 pontos. Segundo analistas, os dados foram impactados pelo coronavírus.
Na semana, marcada pela percepção de uma possível piora nos resultados das empresas no primeiro trimestre influenciado pelos efeitos do surto da doença, a moeda se desvalorizou 2,1% após acumular máximas histórias no período.
Na próxima semana, mais encurtada com o feriado prolongado de carnaval, o mercado – que voltará a operar às 13 horas, deverá reagir aos fatos ocorridos no exterior durante a ausência do mercado doméstico. “As
incertezas sobre o coronavírus continuarão sendo o vetor mais importante para o mercado cambial”, comenta o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi.
Na agenda econômica, o destaque fica para o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, que sairá na terça-feira e poderá repercutir nos ativos locais na volta do feriado, enquanto na quinta, tem a segunda leitura do PIB dos Estados Unidos. Os dados são do quarto trimestre de 2019.
Além dos indicadores de consumo e de inflação, em janeiro. “O consumo das famílias deve seguir robusto, fortalecido pelo bom desempenho do mercado de trabalho, sem pressões inflacionárias”, diz a equipe econômica do Bradesco.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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