Dólar em queda deve limitar negócios com milho no Brasil

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     Porto Alegre, 16 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de movimentação fraca nos negócios, tanto no cenário doméstico, com vendedores retraindo as ofertas, quanto no cenário internacional, com a queda do dólar frente ao real limitando a movimentação na exportação. Chicago também opera em baixa, estendendo o resultado da última sessão.

CHICAGO

* Os contratos de milho com entrega em março operam a US$ 3,82 1/4, perda de 5,25 centavos, ou 1,35% em relação ao fechamento da última sessão.

* Os investidores estão céticos quanto ao aumento substancial nas compras de grãos norte-americanos por parte da China nos dois próximos anos, já que o vice premier chinês, Liu He, disse que as aquisições serão baseadas em condições de mercado. As informações partem de agências internacionais.

* Ontem (15), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 3,87 1/2, com baixa de 1,50 centavo ou 0,38%.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra desvalorização de 0,33% a R$ 4,1670.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,52%; e Tóquio, +0,07%.

* As principais bolsas na Europa operam em queda. Paris, -0,08%; Frankfurt, -0,13% e Londres, -0,49%.

* O petróleo opera em baixa. Fevereiro do WTI em NY: US$ 57,80 o barril (-0,01%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,13% a 97,10 pontos.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis e poucos negócios nesta quarta-feira. O cenário para o mercado brasileiro de milho ainda é pautado pela morosidade, com inexpressivo fluxo de negócios. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, alguns consumidores ainda encontram dificuldade na composição de seus estoques. Já o produtor ainda adota a retenção como estratégia.

* No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 40,00/48,00 a saca. Em Santos, o preço girou em torno de R$ 41,00/50,00 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 45,00/46,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 50,00/51,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 53,50/54,50 a saca.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 46,50/47,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 48,00/50,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 45,00/47,00 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/42,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

AGENDA

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (17/01)

– China: A produção industrial de dezembro será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– China: o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre será publicado na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em dezembro serão publicados às 11h15 pelo Federal Reserve.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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