Porto Alegre, 17 de maio de 2022 – O dólar comercial fechou em queda de 2,19%, cotado a R$ 4,9410. A moeda norte-americana foi impactada, durante toda a sessão, pelo relaxamento gradual do lockdown em Xangai e com o Fed reafirmando o aumento de 0,5% nas duas próximas reuniões.
De acordo com o head de câmbio e sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “voltamos a ser um celeiro de dólar, com os dados positivos da economia chinesa, o que aumentando o fluxo e valorizando as commodities”.
Brigato destaca que os ativos de risco voltaram a ser atrativos, valorizando as moedas emergentes como o real e o peso mexicano, que também se beneficiam da política monetária menos agressiva dos Estados Unidos.
Segundo fonte ouvida pela CMA, “o mercado está reagindo a um ambiente mais favorável. O câmbio acompanha a melhora de todos os ativos, com a sensação de que o pior da inflação já passou”.
“O fato do Brasil de ter iniciado o aumento dos juros com antecedência também faz com que o ciclo contracionista esteja próximo do fim: E certamente também seremos os primeiros a afrouxar os juros”, projeta a fonte.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “os fundamentos do real continuam positivos, e giram entre R$ 4,80 e R$ 5,00. No curtíssimo prazo essa é a tendência”.
Serrano entende que a reabertura econômica chinesa é benéfica para as commodities, o que naturalmente ajuda o real, mas observa que a situação ainda é frágil: “O risco de crescimento global pode afetar as commodities”.
Por outro lado, o Fed alinhando o discurso sobre as próximas reuniões – em junho e agosto -, também beneficia as moedas emergentes e seguram o ímpeto do dólar, salienta Serrano.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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