Porto Alegre, 13 de setembro de 2022 – O dólar comercial fechou em queda de 0,19%, cotado a R$ 5,1790. A moeda refletiu as incertezas do mercado quanto aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que tem a missão de controlar a inflação nos Estados Unidos.
Segundo o sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “a inflação mostra que o Fed vai ter trabalho para conter os preços, principalmente em um cenário de pleno emprego nos Estados Unidos”.
“A dúvida é se a inflação por lá chegou no pico ou não, e até quando vai o aperto do ciclo monetário. O mercado deve ficar volátil até a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), e o dólar se valorizar ainda mais”, opina Brigato.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “estamos no rescaldo de ontem. O mercado estava achando que o discurso do Fed não seria forte, se surpreendeu com os números”.
A inflação nos Estados Unidos, em agosto ante julho, teve alta de 0,1%, contrariando a projeção de -0,1%. Já o núcleo da inflação que exclui alimentação e energia – subiu 0,6% no mesmo período, acima das expectativas de 0,3%. Weigt entende que aos poucos o mercado precifica que a taxa terminal será maior e que os cortes dos juros não devem ocorrer tão cedo: “Hoje estamos em linha com as outras moedas”, explica.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, “lá fora, os mercados se estabilizam após decepção com CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) ontem. Juro americano de dois e dez anos seguem em elevação e dólar apresenta relativa estabilidade. Por aqui, preços dos ativos devem apresentar variações modestas, mas seguindo o exterior”.
As informações partem da Agência CMA.
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Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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