Porto Alegre, 04 de agosto de 2021 – Em um dia de altos e baixos, o dólar comercial fechou em R$ 5,1880 para venda, caindo 0,07%. A tônica desta quarta-feira foi o anúncio da taxa básica de juros (Selic), que será feito hoje à noite pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Por ora, os entraves políticos e fiscais ficaram em segundo plano, diferente dos últimos dias.
Segundo a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “hoje temos um motivo de cautela por conta do Copom, e o quanto o eventual aumento de 1%, esperado pela maior parte do mercado, já está incorporado à essa taxa de câmbio”.
Consorte reforça a instabilidade do dólar: “O dia será marcado pela volatilidade, com altos e baixos, até haver um movimento conciso”, pontua.
“A expectativa é que hoje a postura do Banco Central seja mais dura nas falas, pois a inflação pois tem sido preocupante. Isso não pode se tornar algo estrutural para o ano que vem, existe uma preocupação de ancoragem inflacionária”, analisa o especialista em investimentos da Portofino Multi Family Office, Thomás Gibertoni.
O especialista acredita que “o Brasil vive um momento institucionalmente complicado, fazendo com que essas movimentações afetem mais o Real que outras moedas emergentes”. A preocupação com o aumento com o Bolsa Família e estouro no orçamento ainda é grande, segundo Bertoni.
Em informativo matinal da Correparti, Ricardo Gomes da Silva apontou que o dólar recebe impulso da “piora do ambiente político e riscos fiscais que se acentuam a cada dia, mas destacou que as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rejeitando a hipótese de rompimento do teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação – ajudou a diminuir um pouco a preocupação com a expansão dos gastos públicos no ano que vem, quando acontecem eleições para presidente.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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