Porto Alegre, 26 de julho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Rio Grande do Sul encontrou boas notícias relacionadas a Doença de Newcastle: foi uma ocorrência isolada e todos os testes realizados após o primeiro, que desenrolou essa situação, tiveram resultado negativo para a doença.
Diante disso, Iglesias explicou que o governo passou a reduzir as restrições ligadas ao auto embargo, a começar pelos embargos na esfera estadual. “O grande ponto segue na China, que ainda não retomou as compras brasileiras. Membros do Ministério da Agricultura se mostram otimistas quanto a retomada do fluxo normal de embarques no Brasil”, pontuou.
Em relação ao mercado atacadista, o analista afirma confirmação de tendência e a apresentação de queda em seus preços no decorrer da semana. “É importante destacar que este movimento não está relacionado a quaisquer consequências relacionadas ao Caso de Newcastle, é basicamente um movimento sazonal comum a essa época do mês, em que a demanda é menos aquecida e a reposição entre atacado e varejo ocorre de maneira mais morosa”, destacou.
“Para a primeira quinzena do mês, a demanda estará mais aquecida, com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo. Soma-se a isso o adicional de demanda relacionado ao Dia dos Pais, que tipicamente gera efeito positivo sobre os preços das proteínas de origem animal”, concluiu.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve queda de R$ 9,60 de R$ 9,30, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,80 para R$ 9,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito desvalorizou de R$ 9,70 para R$ 9,50, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,70 e o quilo da asa foi de R$ 9,90 para R$ 9,50.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito recuou de R$ 9,70 para R$ 9,40, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,60 e o quilo da asa seguiu em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 9,80 para R$ 9,60, o quilo da coxa continuou em R$ 6,80 e o quilo da asa caiu de R$ 10,00 para R$ 9,60.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,20, e em São Paulo, a cotação subiu de R$ 5,25 para R$ 5,30.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,00, em Goiás em R$ 5,05 e, no Distrito Federal, em R$ 5,05.
Em Pernambuco, o quilo vivo desvalorizou de R$ 5,90 para R$ 4,70, no Ceará de R$ 5,80 para R$ 4,50 e, no Pará, de R$ 5,95 para R$ 4,85.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 572,185 milhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 38,145 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 301,651 mil toneladas, com média diária de 20,110 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.896,80.
Em relação a julho de 2023, houve alta de 1,9% no valor médio diário, avanço de 4,5% na quantidade média diária e recuo de 2,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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