Porto Alegre, 30 de abril de 2020 – O mercado físico de boi gordo teve um mês marcado por severa queda nos preços, com reflexos no atacado. “O corte traseiro foi o que mais sofreu em abril diante da desaceleração do consumo, uma consequência direta do confinamento decretado por diversas prefeituras”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
O fechamento de restaurantes, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos, uma medida de contenção para o novo coronavírus, afetou a demanda para os cortes considerados top de linha, com a população em geral dando preferência aos embutidos, congelados e, principalmente, à carne de frango e ovos, que têm preços mais acessíveis.
Segundo ele, um alento para os pecuaristas e, principalmente, frigoríficos, ao longo de abril, foi a manutenção de um ótimo nível de exportação para a China, fator que evitou quedas ainda mais consistentes tanto no preço da matéria-prima como no atacado.
“A expectativa não é boa para o mês de maio, apesar de um dos pontos altos de consumo de carnes do ano se concentrar no Dia das Mães, uma vez que o distanciamento social permanecerá em vigor”, assinalou Iglesias
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 29 de abril:
* São Paulo (Capital) – R$ 192,00 a arroba, contra R$ 202,00 a arroba em 31 de março, caindo 4,95%.
* Goiás (Goiânia) – R$ 175,00 a arroba, ante R$ 190,00 a arroba (-7,9%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 184,00 a arroba, contra R$ 197,00 a arroba (-6,6%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 175,00 a arroba, ante R$ 192,00 a arroba (-8,85%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 174,00 a arroba, ante R$ 180,00 a arroba (-3,33%).
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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