Porto Alegre, 9 de junho de 2023 – A semana teve queda nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a dinâmica do mercado pouco mudou. “Os frigoríficos seguem retraídos na compra do suíno, avaliando o nível de estoque da carne e que o escoamento ainda está aquém do esperado.”, disse.
De acordo com ele, a oferta de animais está acima da demanda existente no mercado, fator que acaba derrubando o poder de negociação dos suinocultores. “Vale pontuar que os cortes bovinos e do frango estão patinando, o que acaba respingando negativamente no setor e deve dificultar recuperações mais consistentes da carne suína na primeira quinzena, mesmo sendo um período de maior apelo ao consumo”, explica.
Neste momento, Maia avalia que o ponto positivo é que os custos da nutrição animal estão pressionados, acompanhando o movimento do milho no Centro-Sul do país. “A tendência é que continue assim no segundo semestre, com a entrada do milho safrinha no mercado”, conclui.
Preços
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 0,87% na semana, passando de R$ 5,43 para R$ 5,38. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou estável em R$ 9,60 e a média da carcaça recuou de R$ 8,45 para R$ 8,44.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo continuou em R$ 110,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo declinou de R$ 5,30 para R$ 5,20 e no interior do estado de R$ 5,65 para R$ 5,55.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração teve retração de R$ 5,30 para R$ 5,20, no interior catarinense estabilidade de R$ 5,35, no Paraná baixa de R$ 5,55 para R$ 5,50 no mercado livre e na integração de R$ 5,40 para R$ 5,35.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande continuou em R$ 5,00, na integração caiu de R$ 5,20 para R$ 5,10 e, em Goiânia, de R$ 5,40 para R$ 5,30. No interior de Minas Gerais, o quilo do suíno seguiu em R$ 5,90 e no mercado independente em R$ 6,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis permaneceu em R$ 5,00 e, na integração do estado, teve queda de R$ 5,20 para R$ 5,10.
Exportações
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 101,7 mil toneladas em maio, informa a ABPA. O número supera em 13,9% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 89,3 mil toneladas.
A receita das exportações do setor alcançou US$ 251,4 milhões, saldo que supera em 23% o total registrado no mesmo período de 2022, com US$ 204,3 milhões.
No acumulado do ano (janeiro a maio), os embarques do setor alcançaram 481,1 mil toneladas, número 15,5% maior do que o resultado registrado no mesmo período de 2022, com 416,6 mil toneladas.
Em receita, o saldo acumulado entre janeiro e maio deste ano já totaliza US$ 1,149 bilhão, resultado 28,2% maior que o efetivado no mesmo período de 2022, com US$ 896,3 milhões.
Principal importadora da carne suína brasileira, a China importou 176,2 mil toneladas entre janeiro e maio, número 20,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, com 145,9 mil toneladas. Também foram destaques as vendas para Hong Kong, com 51,3 mil toneladas (+21,1%), Filipinas, com 38 mil toneladas (+17,5%), Chile, com 34,2 mil toneladas (+69,6%) e Singapura, com 29 mil toneladas (+5,7%).
Maior exportador de carne suína do Brasil, o estado de Santa Catarina exportou entre janeiro e maio o total de 261,6 mil toneladas (+14,3%), seguido pelo Rio Grande do Sul, com 110,8 mil toneladas (+19,8%), Paraná, com 66,4 mil toneladas (3,66%), Mato Grosso do Sul, com 10,9 mil toneladas (+70,8%) e Mato Grosso, com 10,1 mil toneladas (+93,9%).
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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