Dia das Mães sustenta preços da carne suína na primeira quinzena e mês de maio registra boa valorização

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Suinocultura

Porto Alegre, 31 de maio de 2024 – O mês de maio registrou forte valorização tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado, se comparados ao mês anterior. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o movimento positivo ocorreu principalmente na primeira quinzena do período, por conta da maior capitalização das famílias e pelo Dia das Mães, data que historicamente apresenta incremento no consumo.

Além disso, Maia pontua que os cortes de bovinos e de frango também vinham em alta, garantindo uma maior atratividade da carne suína em relação aos principais concorrentes. “Na segunda quinzena o quadro mudou, com o esfriamento do consumo na ponta final e da reposição entre atacado e varejo. Com isso, os frigoríficos retraíram na compra do vivo e os preços não se sustentaram no período”, afirma.

“Do mesmo jeito, os preços do fechamento de maio ficaram acima do fechamento de abril. No momento, a preocupação entre os suinocultores está crescendo, observando a atual dinâmica do vivo e o viés de alta para o custo da nutrição animal, com preços firmes do farelo de soja e do milho”, ressalta Maia. “Por fim, a exportação brasileira de maio está evoluindo bem, de acordo com dados preliminares do SECEX”, concluiu.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 2,76% no mês, passando de R$ 5,79 para R$ 5,95. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 3,13%, passando de R$ 10,04 para R$ 10,36. A carcaça teve valorização de 7,02%, passando de R$ 9,08 para R$ 9,71.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 120,00 para R$ 125,00. Na integração do Rio Grande do Sul os preços permaneceram em R$ 5,40 e, no interior do estado, a alta foi de R$ 5,85 para R$ 6,15.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração ficou em R$ 5,40. No interior catarinense, o preço subiu de R$ 5,85 para R$ 6,05, no Paraná de R$ 5,95 para R$ 6,10 no mercado livre e na integração seguiu em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 5,60 para R$ 5,90 e na integração seguiu em R$ 5,35. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 6,00 para R$ 6,20. No interior de Minas Gerais os preços tiveram aumento de R$ 6,40 para R$ 6,60 e, no mercado independente, os preços valorizaram de R$ 6,40 para R$ 6,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve incremento de R$ 5,60 para R$ 5,85 e, na integração do estado, os preços permaneceram em R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 170,885 milhões em maio (17 dias úteis), com média diária de US$ 10,0532 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 74,450 mil toneladas, com média diária de 4,379 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.295,30.

Em relação a maio de 2023, houve queda de 6,0% no valor médio diário, alta de 6,0% na quantidade média diária e retração de 11,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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