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Descolada de NY, Bolsa fecha em alta pelo 5ºpregão seguido antes de decisão de juros; dólar cai

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São Paulo -Descolada de Nova York, a Bolsa fechou em alta pelo quinto pregão consecutivo, na marca dos acima dos 131 mil pontos, visto em outubro do ano passado, com o projeto que isenta de imposto de renda pessoas que recebem até R$ 5 mil e o salto da JBS. Os investidores ficam na expectativa para a decisão de juros aqui e nos Estados Unidos, amanhã (19).

Mais cedo, o presidente Lula disse que a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil “não vai aumentar em nenhum centavo a carga tributária”.

As ações da JBS (JBSS3) subiram 17,89%, a R$ 38,71.

O principal índice da B3 subiu 0,48%, aos 131.474,73 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril registrou alta 0,31%, aos 132.725 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,1 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam em queda.

Armstrong Hashimoto, sócio da Venice Investimentos, disse que “o fluxo da bolsa brasileira está na contramão das bolsas americanas. O acordo entre a JBS e o BNDESPar sobre a listagem da companhia em NY, bem como o anúncio da nova proposta de isenção de IR estão dando o tom do pregão de hoje. Em paralelo, temos uma continuidade da queda no dólar e fechamento na curva de juros futura”.

Hashimoto completou que o Ibovespa se mantém firme acima dos 131 mil, “e pode querer buscar novos topos no curto prazo, sendo a região dos 133.500 pontos e, mais adiante, o patamar dos 136.500/137.000 pontos”.

Matheus Lima, analista de investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, disse que o grande destaque hoje da bolsa é a JBS.

“A BNDESpar decidiu se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da companhia nos Estados Unidos e no Brasil. E com isso as ações chegaram a disparar. As ações vinham de uma queda desde dezembro pressionadas também por causa da cotação do dólar, considerando que a receita da empresa é altamente dolarizada”.

Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos, disse que a saída de fluxo dos Estados Unidos e Super Quarta fazem preço no Ibovespa.

“A bolsa está de lado, andou muito nos últimos dias por conta do sell-of nos Estados Unidos. Conseguimos ganhar bastante prêmio com o fluxo que veio pra cá, saindo do mercado supercomprado [EUA] para os emergentes, principalmente Brasil que estava descontado. Além disso, o mercado está aguardando a Super Quarta [com a decisão dos juros aqui e norte-americano]. A fala do Powell será um grande balizador [para o mercado], e o Copom deve vir com um tom mais duro”.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,6730. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o intenso fluxo estrangeiro.

Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, existe um movimento de realocação dos investidores para a bolsa brasileira, podendo beneficiar o real no curto prazo: “A tendência de dólar é para baixo”, opina.

“A médio e longo prazo tudo depende do Trump”, diz Komura referindo-se ao presidente dos Estados Unidos.

Segundo boletim da Ajax Asset, “lá fora, juros e dólar operam próximos à estabilidade, enquanto petróleo sobe com a retomada dos conflitos no Oriente Médio entre Israel e os terroristas do Hamas. Por aqui, governo apresenta o projeto de lei que estabelece a isenção de imposto de renda pessoa física para quem recebe até R$ 5 mil”.

“Hoje, o governo envia ao Congresso o projeto que trata da reforma do Imposto de Renda. O evento terá a presença dos presidentes da Câmara e do Senado e haverá coletiva para detalhamento da medida. Segundo o Governo, a renúncia fiscal será de R$ 27 bilhões em 2026, mas o número é subestimado pela equipe econômica. Para compensar essa perda de receita, o Governo vai defender a implementação de um imposto mínimo para quem tem renda de até R$ 600 mil ao ano, de forma escalonada para quem tem renda anual de R$ 1,2 milhão, até atingir o patamar de 10%”, explica a Ajax.

Assim como o dólar, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em queda. A sessão foi marcada pela expectativa com a Super Quarta, que amanhã irá definir a taxa básica de juros no Brasil e Estados Unidos.

Por volta das 16h38 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,725% de 14,745% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 14,435%, de 14,485%, o DI para janeiro de 2028 ia a 14,180%, de 14,280%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 14,210% de 14,315% na mesma comparação.

No exterior, os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão em campo negativo, com os investidores aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será divulgada amanhã. Duas das “Sete Magníficas”, Tesla e Nvidia, lideraram as perdas na sessão de hoje.

Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:

Dow Jones: -0,62%, 41.581,31 pontos
Nasdaq 100: -1,71%, 17.504,1 pontos
S&P 500: -1,06%, 5.614,66 pontos

 

Paulo Holland e Darlan de Azevedo / Safras News

 

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