Deral espera aumento de 78% na produção de soja do Paraná em 2022/23

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Porto Alegre, 10 de outubro de 2022 – A produção de soja do Paraná pode ter uma recuperação de 78% na temporada 2022/23, após fatores climáticos terem afetado com força a safra 2021/22. A estimativa é de Marcelo Garrido, economista do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná, que concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS. “Na safra passada, foram colhidas 12 milhões de toneladas. Agora, em 2022/23, devem ser 21,5 milhões de toneladas”, destaca.

Conforme o entrevistado, a produtividade no estado pode chegar a 3.800 quilos por hectare, caso o clima seja favorável. “Mas revés sempre tem”, ressalta. Na safra 2021/22, o rendimento médio ficou em 2.100 quilos por hectare.

A área paranaense de soja deve crescer 1% nesta temporada, somando 5,7 milhões de hectares. “É a nossa principal safra de verão, é a cultura de segurança”, frisa, acrescentando que a liquidez da oleaginosa segue muito boa. O ritmo de plantio está acima da média no estado.

Na intenção de plantio de SAFRAS & Mercado, divulgada em julho, a área do Paraná a ser cultivada com soja foi prevista em 5,75 milhões de hectares para a temporada 2022/23, um aumento de 0,9% sobre os 5,7 milhões de hectares de 2021/22. O rendimento foi estimado em 3.720 quilos por hectare, gerando uma safra de 21,283 milhões de toneladas.

De acordo com o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2022/23, divulgado na quinta-feira (6), o estado do Paraná deve ter uma safra de 20,783 milhões de toneladas, equivalendo a um avanço de 69,7%. A área prevista para 2022/23 é de 5,725 milhões de hectares, ganho de 1% ante os 5,668 milhões de hectares de 2021/22, com rendimento esperado de 3.630 quilos por hectare, ante patamar 2,161 quilos da safra anterior.

Em relação ao clima, o mês de setembro foi muito chuvoso. “A semeadura começou dia 11 ou 12 do mês passado no estado e 99% das lavouras têm boas condições”, atesta Garrido. “Mas é claro que o clima em outubro e novembro pode alterar este quadro, caso faltem chuvas”, adverte.

A situação dos fertilizantes é tranquila na região, sem maiores contratempos. Já o preço do frete preocupa o produtor do estado, com reclamações pontuais.

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     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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