Porto Alegre, 6 de novembro de 2020 – Depois de bater recordes, o preço do algodão passa por um movimento de ajuste neste início do mês de novembro. “Os compradores nacionais demonstram pouco interesse em aquisições em níveis acima de R$ 4,00 por libra-peso”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
Nesta quinta-feira (5), a pressão foi potencializada pela forte queda do dólar em relação ao real. Na média do CIF de São Paulo, a pluma fechou em R$ 4,01 por libra-peso, com queda de 0,35% em relação ao dia anterior. Comparado ao mesmo período do mês e do ano anterior, ainda acumulava altas de 23,1% e de 60,9%, respectivamente.
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a fibra fechou indicada a 71,75 centavos de dólar por libra-peso (c/lb) no dia 5. Em relação ao contrato de maior liquidez na Ice Futures, a pluma brasileira era cotada por um valor 2,4% superior. Há uma semana era 1,2% inferior e, há um mês, 9,8% inferior.
Destaque para o Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, que manteve as projeções para a safra 2020/21 em Mato Grosso, com a estimativa de área em 1,01 milhão de hectares, recuo de 10,60% se comparada a safra 19/20. Entretanto, o Instituto segue monitorando o atraso na semeadura da soja e seu possível reflexo na cultura do algodão.
No que tange à produtividade, a estimativa manteve em 285,13 arrobas por hectare. Assim, a perspectiva de produção da safra 2020/21 é estimada em 4,33 milhões de toneladas de algodão em caroço – ou 1,767 milhão de toneladas de pluma.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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