Demanda por feijão de qualidade sustenta preços do mercado brasileiro

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Porto Alegre, 26 de abril de 2024 – No início da semana, a demanda foi fraca no mercado brasileiro de feijão, resultando em vendas abaixo das expectativas, apesar de algum interesse dos compradores. Cerca de 30 mil sacas foram oferecidas, com apenas 5 mil negociadas.

Segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, embora feijões de qualidade superior estivessem disponíveis, os preços não satisfizeram os vendedores. Feijões de alta qualidade mantiveram preços estáveis, enquanto produtos comerciais enfrentaram baixa demanda e preços pressionados.

“Ao longo da semana, a maioria dos feijões oferecidos foi absorvida pelo mercado, reduzindo os estoques disponíveis. Porém, os negócios com grãos superiores enfrentaram resistência dos vendedores, muitos corretores não expuseram suas ofertas, resultando em negociações mais discretas e pontuais”, relatou.

No encerramento da semana, o mercado esteve inoperante e os preços permaneceram estáveis, com indicações variando conforme a região. Em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, observamos valores entre R$ 180,00 e R$ 220,00 por saca, enquanto em Luís Eduardo Magalhães, Bahia, as cotações oscilaram entre R$ 200,00 e R$ 240,00 por saca.

Segundo o analista, a baixa atividade do mercado reflete a cautela dos participantes, que esperam por uma melhoria nas negociações com o avanço das reposições no varejo. Destaca-se a valorização do feijão de qualidade superior, com uma diferença significativa de preço em relação aos produtos comerciais, indicando um segmento mais seletivo e disposto a pagar mais pela qualidade.

Feijão preto

Já o feijão preto permaneceu estável, com preços entre R$ 250,00 e R$ 260,00 por saca no início da semana. Cerca de 2 mil sacas foram oferecidas, com pelo menos 500 comercializadas. De acordo com Oliveira, as negociações foram conduzidas pelos principais compradores, diretamente das lavouras, com expectativa de movimentação pós-pregão. A perspectiva de aumento na oferta pode resultar em ajustes nos preços, refletindo a dinâmica de oferta e demanda.

As transações para esta variedade, conforme o analista, geralmente ocorrem no pós-pregão, com base em amostras, no entorno do Brás. Os preços sugeridos na Bolsa têm se mantido em torno de R$ 260,00 por saca, mas rumores já indicavam que alguns corretores circulavam com amostras pedindo até R$ 270,00 por saca na metade da semana. Os preços de fato seguiram essa tendência, com vendas registradas entre R$ 260,00 e R$ 270,00 por saca para produtos nacionais e até R$ 280,00 por saca para o feijão importado argentino.

As indicações de preço variam de acordo com a região, com valores entre R$ 200,00 e R$ 230,00 por saca em Ponta Grossa, Paraná, e entre R$ 270,00 e R$ 310,00 por saca em Sobradinho, Rio Grande do Sul. No entanto, é importante notar que os preços permanecem estáveis para o feijão nacional de boa qualidade, enquanto o produto importado argentino mantém uma média de R$ 280,00 por saca.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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