Porto Alegre, 15 de maio de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou um quadro de demanda mais efetiva, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, com alguma reação nos preços em algumas praças de comercialização. O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias alerta, porém, que houve um novo movimento de alta do milho e do farelo de soja em meio ao processo de desvalorização cambial, o que volta a trazer preocupação ao setor avícola. “Para a segunda metade do mês se espera um tradicional recuo na demanda, o que é normal para o período”, sinaliza.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado subiu de R$ 4,35 para R$ 4,40, o quilo da coxa de R$ 4,40 para R$ 4,60 e o quilo da asa de R$ 6,90 para R$ 7,00. Na distribuição, o quilo do peito passou de R$ 4,45 para R$ 4,50, o quilo da coxa de R$ 4,50 para R$ 4,80 e o quilo da asa de R$ 7,00 pra R$ 7,20.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças pontuais nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 4,45 para R$ 4,50, o quilo da coxa de R$ 4,50 para R$ 4,70 e o quilo da asa de R$ 7,00 para R$ 7,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 4,55 para R$ 4,60, o quilo da coxa de R$ 4,60 para R$ 4,90 e o quilo da asa de R$ 7,10 para R$ 7,30.
Iglesias salienta o bom desempenho das exportações de carne de frango, especialmente para a China. “Os chineses seguem bastante atuantes nas importações. Em 2020 já foram exportadas em torno 223 mil toneladas de carne de frango com destino ao país asiático, com uma fatia de mercado de 17% em relação aos embarques brasileiros”, pontua.
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 187,942 milhões em maio (5 dias úteis), com média diária de US$ 37,588 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 138,43 mil toneladas,com média diária de 27,686 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.357,70.
Na comparação com maio de 2019, houve aumento de 36,38% no valor médio diário, alta de 70,62% na quantidade média diária e baixa de 20,06% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 2,90. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 2,50 para R$ 2,80.
Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 2,60. No oeste do Paraná o preço na integração seguiu em R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 2,85 para R$ 2,90.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,85. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 2,90.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,45.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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