Porto Alegre, 5 de setembro de 2025 – Os preços do suíno vivo e dos principais cortes no atacado registraram alta nesta semana, sustentados pela oferta enxuta e pela firme demanda externa. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, o mercado físico apresentou maior equilíbrio.
“O ambiente de negócios envolvendo o vivo voltou a ocorrer de maneira ajustada, com oferta enxuta. A indústria adotou tom de cautela, mas se mostrou ativa”, afirmou.
Maia avalia que a reposição e o consumo interno seguem no radar. “As expectativas estão girando para a evolução da demanda na ponta final e, posteriormente, para a reposição. A entrada de salários na economia pode ajudar na quinzena”, explicou. No entanto, ele ressalta a concorrência da carne de frango, que permanece com preços estáveis e competitivos, sustentados por um quadro de oferta confortável.
No front externo, a exportação tem sido determinante para o bom momento da suinocultura. “A exportação vem sendo uma das grandes variáveis responsáveis pelo ótimo momento do setor, enxugando o quadro de disponibilidade interna e beneficiando a formação de preços”, destacou.
Além disso, os custos de nutrição apresentam sinais de acomodação, o que favorece as margens dos produtores.
Preços
Levantamento semanal de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no Brasil registrou alta nas principais praças do país. A média de preços do Centro-Sul subiu 0,90%, passando de R$ 8,20 para R$ 8,28 por quilo.
A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado cresceu 0,51%, passando de R$ 14,12 para R$ 14,19. A carcaça teve valorização de 1,17%, passando de R$ 13,38 para R$ 13,53.
A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi de R$ 175,00 para R$ 177,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo se manteve em R$ 6,75 e no interior do estado não saiu de R$ 8,65.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,70, mas no interior catarinense subiu de R$ 8,65 para R$ 8,75. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou alta de R$ 8,75 para R$ 8,85 no mercado livre e, na integração, continuou em R$ 6,90.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve acréscimo de R$ 8,35 para R$ 8,45 e, na integração, ficou estável em R$ 6,70. Em Goiânia, os preços avançaram de R$ 8,70 para R$ 8,90. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram valorização de R$ 9,10 para R$ 9,20 e, no mercado independente, de R$ 9,30 para R$ 9,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve ganho de R$ 8,50 para R$ 8,55 e, na integração do estado, não saiu de R$ 7,20.
Exportações
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 277,583 milhões em agosto (21 dias úteis), com média diária de US$ 13,218 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 107,594 mil toneladas, com média diária de 5,123 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2,579.9.
Em relação a agosto de 2024, houve avanço de 6,5% no valor médio diário, alta de 1,5% na quantidade média diária e elevação de 4,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Safras News
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