Porto Alegre, 25 de junho de 2025 – As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$2,9 bilhões em maio de 2025, ante déficit de US$2,5 bilhões em maio de 2024. Na comparação interanual, o superávit da balança comercial diminuiu US$881 milhões, mas houve recuo nos déficits em renda primária (US$139 milhões), em serviços (US$57 milhões), e aumento do superávit em renda secundária (US$273 milhões). O déficit em transações correntes acumulado em doze meses até maio de 2025 somou US$69,4 bilhões (3,26% do PIB), ante US$69,0 bilhões (3,24% do PIB) no mês anterior e US$29,4 bilhões (1,30% do PIB) em maio de 2024.
O superávit da balança comercial de bens atingiu US$6,6 bilhões em maio de 2025, frente a US$7,5 bilhões registrados em maio de 2024. As exportações de bens totalizaram US$30,3 bilhões, 0,3% abaixo de maio do ano anterior, enquanto as importações de bens aumentaram 3,5%, somando US$23,7 bilhões.
O déficit na conta de serviços totalizou US$4,7 bilhões em maio de 2025, redução de US$57 milhões em relação a maio de 2024. Nessa base de comparação, aumentaram as despesas líquidas de propriedade intelectual, 33,5%, totalizando US$876 milhões; de aluguel de equipamentos, 15,3%, totalizando US$1,1 bilhão; e de telecomunicação, computação e informações, 20,1%, totalizando US$790 milhões. As despesas líquidas com os serviços de transportes registraram US$1,2 bilhão em maio de 2025, redução interanual de 10,1%. Os serviços culturais, pessoais e recreativos registraram receitas líquidas de US$10 milhões, ante despesas líquidas de US$465 milhões ocorridas em maio de 2024. As despesas líquidas com viagens internacionais aumentaram 7,9%, para US$1,2 bilhão, resultado tanto do aumento das despesas, 7,2% (para US$1,8 bilhão), quanto do crescimento das receitas, 5,8% (para US$553 milhões).
O déficit em renda primária somou US$5,2 bilhões em maio de 2025, redução interanual de 2,6%. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$3,5 bilhões, ante US$4,0 bilhões em maio de 2024. As despesas líquidas com juros somaram US$1,7 bilhão, 23,1% superiores às registradas em maio de 2024 (US$1,3 bilhão), aumento concentrado em operações intercompanhia.
Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$3,7 bilhões em maio de 2025, ante US$3,0 bilhões em maio de 2024. Houve ingressos líquidos de US$1,8 bilhão em participação no capital e de US$1,8 bilhão em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$70,5 bilhões (3,31% do PIB) em maio de 2025, ante US$69,8 bilhões (3,28% do PIB) em abril de 2025 e US$61,0 bilhões (2,69% do PIB) em maio de 2024.
Os investimentos em carteira no país somaram ingressos líquidos de US$2,5 bilhões em maio de 2025. Os investimentos em ações e fundos de investimento no mercado doméstico acumularam ingressos líquidos de US$868 milhões, enquanto os investimentos em títulos no mercado doméstico registraram ingresso líquido de US$1,7 bilhão. Nos doze meses encerrados em maio de 2025, os investimentos em carteira no mercado doméstico tiveram ingressos líquidos de US$2,3 bilhões.
Reservas internacionais
As reservas internacionais somaram US$341,5 bilhões em maio de 2025, aumento de US$670 milhões em relação a abril de 2025. Contribuíram para aumentar o estoque de reservas as receitas de juros, US$715 milhões.
As informações são do Banco Central.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras News
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