Porto Alegre, 12 de junho de 2020 – Os preços domésticos do arroz recuaram pela segunda semana seguida, refletindo ainda a mudança significativa de patamar do dólar frente ao real – apesar da forte alta da moeda norte-americana nesta sexta-feira, que pode voltar a dar suporte ao cereal.
Na média do Rio Grande do Sul, estado referência ao produto nacional, a indicação ficou em R$ 61,72 por saca de 50 quilos no dia 11 de junho, ante R$ 62,07 por saca no dia 4. Em 30 dias, ainda havia alta de 4,31%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a elevação era de 38,87%.
No cenário internacional, destaque para o relatório de junho de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta quinta-feira (11), que estimou a produção mundial de arroz beneficiado em 502,09 milhões de toneladas para 2020/21, ante 501,96 milhões no mês anterior. Para 2019/20, foi estimada safra de 494,29 milhões de toneladas.
As exportações mundiais de arroz beneficiado foram estimadas em 44,90 milhões de toneladas para 2020/21, ante 45,22 milhões no mês passado. A estimativa para o consumo é de 497,99 milhões de toneladas de beneficiado para 2020/21, ante 498,12 milhões de toneladas indicadas no mês anterior. Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais mundiais de arroz beneficiado na temporada 2020/21 foram previstos em 185,35 milhões de toneladas, ante 184,18 milhões de toneladas no relatório passado. Para 2019/20, foram estimados estoques de 181,26 milhões de toneladas.
A Índia deverá produzir 118 milhões de toneladas beneficiadas em 2020/21; a Tailândia, 20,4 milhões; e o Vietnã, 27,20 milhões. A safra brasileira está estimada em 7,21 milhões de toneladas de beneficiado. A safra da Indonésia está projetada em 34,9 milhões de toneladas. A produção chinesa está estimada em 149 milhões de toneladas.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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