Custos de nutrição ainda impactam, mantendo preços da carne de frango estáveis

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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o frango vivo e para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado do frango vivo se deparou com preços acomodados no decorrer da semana.

De acordo com Iglesias, os custos de nutrição animal ainda são uma variável importante a ser considerada, que exigem a manutenção do alojamento em níveis relativamente baixos. “O quadro de abastecimento se desenha desafiador até o final do primeiro semestre, em especial no Nordeste brasileiro”, explica.

“Em relação a Influenza Aviária, até o momento o Brasil conta com 151 focos da doença, sendo 148 em animais selvagens e apenas três e aves de fundo de quintal. De qualquer forma, o Brasil insiste em sua estratégia que até o momento vêm se mostrando assertiva. O plantel comercial brasileiro permanece intocado, mantendo o país como grande alternativa para o fornecimento global de carne de frango”, destaca o analista.

Em relação ao mercado atacadista, Iglesias diz que o ambiente de negócios ainda sugere por alguma recuperação de preço, em especial para os cortes de menor valor agregado, a exemplo do dorso. “O perfil de consumo delimitado para esta época do ano explica com perfeição esse ambiente. A população está descapitalizada em função de despesas corriqueiras a essa época do ano, a exemplo do IPTU, IPVA e a compra de material escolar. Nesse ambiente, a preferência vai recair sobre proteínas de menor valor agregado, a exemplo da carne de frango, embutidos e o ovo”, conclui.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado continuou em R$ 9,70, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 13,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,90, o quilo da coxa em R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 13,40.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também não apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,80, o quilo da coxa em R$ 6,90 e o quilo da asa em R$ 13,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 10,00, o quilo da coxa de R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 13,50.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 5,25 e, em São Paulo, de R$ 5,20.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 5,40, no Ceará em R$ 5,40 e, no Pará, em R$ 5,50.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 169,586 milhões em janeiro (4 dias úteis), com média diária de US$ 42,396 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 105,082 mil toneladas, com média diária de 26,270 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.613,80.

Em relação a janeiro de 2023, houve alta de 20,5% no valor médio diário, avanço de 48,8% na quantidade média diária e recuo de 19,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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