São Paulo, SP – A CSN divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com prejuízo líquido de R$ 85 milhões, revertendo o lucro de R$ 851 milhões registrado no mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, a Companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão, o que contrasta com o lucro líquido de R$ 402,6 milhões registrados no ano anterior e reflete a piora no preço das commodities verificada ao longo de 2024, além do aumento das despesas financeiras.
O lucro bruto de R$ 3,783 bilhões, alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em comparação ao 3T24, o crescimento foi de 38,4%, com uma Margem Bruta de 31,5%, o que corresponde a um aumento de 6,8 p.p. em relação ao trimestre anterior. Essa maior rentabilidade reflete o forte crescimento de receita na mineração, com o maior controle de custos na siderurgia e cimentos. No ano de 2024, o Lucro Bruto foi de R$ 11,697 bilhões com uma Margem Bruta de 26,8%, uma expansão de 0,4 p.p. quando comparamos com o ano anterior, e uma queda de 2,2% em relação ao lucro bruto
registrado em 2023.
No 4T24, o Ebitda ajustado foi de R$ 3,335 bilhões, queda de 8% em relação ao 4T23, com margem Ebitda ajustada de 26,8%, queda de 2,3 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 10,230 bilhões, queda de 14,1% em relação a 2023, com margem Ebitda ajustada de 22,4%, recuo de 2,9 p.p em relação a 2023, refletindo o menor preço do minério verificado ao longo do ano, além de toda a pressão que o aumento de importação trouxe para o segmento de siderurgia em 2024. .
A Receita Líquida totalizou R$ 12,026 bilhões no 4T24, o que representa um crescimento de 8,7% quando comparado com o trimestre anterior e reflete, principalmente, a melhor realização de preço na mineração em meio a retomada do preço do Platts. Somado a isso, o segmento de siderurgia continuou a apresentar sólida atividade comercial, com alta de 10,4% no volume de vendas contra o 4T23, contribuindo positivamente para o aumento do faturamento no período. Em 2024, a Receita Líquida totalizou R$ 43,687 bilhões, o que corresponde a uma redução anual de 3,9%, reflexo da redução do preço médio do minério verificado ao longo do ano.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8,243 bilhões no 4T24, o que representa uma redução de 1,1% em relação ao verificado no trimestre anterior, reflexo da redução de custos verificadas nos segmentos de siderurgia e cimentos. Em 2024, o CPV totalizou R$ 31,991 bilhões, o que representa uma redução de 4,4% em relação ao ano anterior e reflete, principalmente, a menor quantidade de compras de minério de ferro de terceiros.
O Resultado Financeiro foi negativo em R$ 1,262 bilhão, o que representa uma redução de 34,6% em relação ao trimestre anterior e reflete a queda nas despesas financeiras em razão do impacto positivo da variação cambial nas aplicações no exterior. No ano, o Resultado Financeiro foi negativo em R$ 5,814 bilhões um crescimento de 40,1% devido ao impacto da alta dos juros nas despesas financeiras, além do efeito negativo com a desvalorização das ações da Usiminas.
Em 31/12/2024, a dívida líquida consolidada atingiu R$ 35.704 milhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 3,49x, o que representa um aumento de 15 basis points em comparação com o trimestre anterior. Esse maior endividamento registrado no período é consequência direta do impacto da variação cambial na dívida em dólar que acabou por anular não apenas a melhora operacional no trimestre, mas também todo o esforço conduzido pela Companhia no sentido de fortalecer o caixa via venda de participação relevante na CSN Mineração.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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