Porto Alegre, 20 de agosto de 2021 – O total de navios que aguarda para embarcar açúcar nos portos brasileiros estava em 43 na semana encerrada em 11 de agosto, ante 36 na semana anterior (11), de acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil. Conforme o relatório, foi agendado carregamento de 1,646 milhão de toneladas de açúcar, ante 1,305 milhão de toneladas na semana anterior.
Pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte (1.195.660 toneladas). Depois aparece o porto de Paranaguá, no Paraná (451.133 toneladas). A carga de açúcar a ser exportada consiste da variedade VHP (1.558.033 toneladas), Cristal B150 (69.200) e Refinado A-45 (19.500 toneladas). O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 15 de setembro.
Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira os resultados do segundo levantamento da safra de Cana-de-Açúcar 2021/22.
Na região Centro-Sul, a moagem da cana deverá atingir 538,777 milhões de toneladas em 2021/22, queda de 10,6% na comparação com 2020/21 (602,590 milhões de toneladas. Para o Norte-Nordeste, a produção de cana esperada é de 53,254 milhões de toneladas, alta de 2,5% contra as 51,937 milhões de toneladas colhidas no ano passado.
Conforme a Conab, os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras e as baixas temperaturas registradas em junho e julho estão entre as causas da redução, que incluem ainda episódios de geadas em algumas áreas de produção, sobretudo nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. No 1º levantamento realizado pela Conab em maio, os números já mostravam queda percentual de 4% na cana em relação à safra anterior.
A pesquisa para o 2º levantamento revelou que na Região Sudeste, principal produtora do país, houve redução de 6,6% na área a ser colhida, totalizando 5 milhões de hectares, e decréscimo de 13,3% na produção, estimada em 371,5 milhões de toneladas. Já o Centro-Oeste, com área semelhante à colhida na última safra, tem volume previsto em 135,4 milhões de toneladas, 3,2% menor que a obtida na safra anterior. No Sul, a pequena elevação de 0,2% na área cultivada não garantiu aumento na produção total, que pode chegar a 31,9 milhões de toneladas, com redução de 6,7% em comparação com o ciclo passado, devido à redução na produtividade.
Já no Nordeste, houve redução de 1,9% na área a ser colhida, mas o aumento de 4,2% na produtividade média deverá resultar em uma produção de 49,5 milhões de toneladas, 2,2% a mais que na safra passada. Na Região Norte, a tendência é de manutenção da área a ser colhida e crescimento de 7,5% de matéria prima, totalizando 3,7 milhões de toneladas.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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