Porto Alegre, 02 de setembro de 2022 – Após atingirem mínimas de um ano em julho, as cotações internacionais do açúcar buscaram recuperação em agosto. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), balizadora do mercado, os contratos com entrega em outubro de 2022 fecharam a sessão do dia 31 de agosto a 17,89 centavos de dólar por libra-peso, ante 17,54 centavos em 29 de julho, alta de 2%. Ao longo de agosto, oscilaram entre uma mínima de 17,60 centavos (no dia 01 de agosto) e uma máxima de 18,60 centavos no dia 12, considerando os valores de fechamento.
O mercado buscou sustentação nos números de produção da principal região produtora do Brasil, que ficaram abaixo do esperado na primeira metade do mês, além de cobertura de posições vendidas depois do desempenho ruim de julho.
A moagem de cana na região Centro-Sul atingiu 38,62 milhões de toneladas na primeira quinzena de agosto, retração de 13,73% em relação à quantidade registrada em igual período do ano passado, quando foram processadas 44,76 milhões de toneladas, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA). No acumulado da safra, de abril até 16 de agosto, a moagem totalizou 322,07 milhões de toneladas, ante 350,22 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2021, queda de 8,04%.
Segundo a UNICA, a redução da moagem decorreu de condições climáticas adversas que afetaram a operacionalização da colheita, principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A produção de açúcar nos primeiros quinze dias de agosto totalizou 2,63 milhões de toneladas (-12,06%). A menor disponibilidade de matéria-prima na quinzena restringiu a disponibilidade de cana para a fabricação de açúcar, disse a entidade.
Pesquisa da S&P Global Commodity Insights junto a onze analistas do setor apontara que a produção de açúcar totalizaria 2,85 milhões de toneladas na primeira metade de agosto.
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Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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