Cotações internacionais do açúcar disparam em agosto com quebra no Brasil

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  Porto Alegre, 03 de setembro de 2021 – Os preços internacionais do açúcar voltaram a subir em agosto, estendendo os ganhos de julho. Os contratos com entrega em outubro do açúcar bruto negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão do dia 31 de agosto a 19,84 centavos de dólar por libra-peso, alta de 10,7% em relação à última cotação de julho (17,91 centavos de dólar por libra-peso no dia 30).

    O mercado foi impulsionado pelo aperto na oferta global após uma queda na produção brasileira. As exportações do brasil caíram para 2,6 milhões de toneladas em agosto, ante 3,14 milhões de toneladas no mesmo mês do ano passado.

   O principal fator que vem puxando as cotações nas últimas semanas é a queda na produção brasileira após eventos de geadas e estiagem. Em agosto, a Conab reduziu a estimativa para a produção de açúcar do país em 2021, por conta dos impactos com a

redução da oferta de cana. Estimado em 36,9 milhões de toneladas, o volume de açúcar previsto é 10,5% menor que o produzido na temporada anterior.

Colheita da cana

   A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em agosto os resultados do segundo levantamento da safra de Cana-de-Açúcar 2021/22. Na região Centro-Sul, a moagem da cana deverá atingir 538,777 milhões de toneladas em 2021/22, queda de 10,6% na comparação com 2020/21 (602,590 milhões de toneladas. Para o Norte-Nordeste, a produção de cana esperada é de 53,254 milhões de toneladas, alta de 2,5% contra as 51,937 milhões de toneladas colhidas no ano passado.

   Conforme a Conab, os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo das lavouras e as baixas temperaturas registradas em junho e julho estão entre as causas da redução, que incluem ainda episódios de geadas em algumas áreas de produção, sobretudo nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. No 1 levantamento realizado pela Conab em maio, os números já mostravam queda percentual de 4% na cana em relação à safra anterior.

      Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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