Cotações internacionais do açúcar despencaram em abril diante de amplas ofertas

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    Porto Alegre, 3 de maio de 2024 – As cotações internacionais do açúcar despencaram em abril. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos com entrega em julho do açúcar bruto fecharam a sessão do dia 30 de abril a 19,41 centavos de dólar por libra-peso, ante 22,15 centavos em 28 de março, uma queda de 12,3%.

Os futuros do açúcar caíram forte diante do sentimento de amplas ofertas, com o Brasil pronto para produzir uma nova safra recorde em 2024 e as origens asiáticas também produzindo mais do que o esperando, fatores que mantiveram o mercado futuro enfraquecido.

Em abril, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou a primeira estimativa da safra de cana-de-açúcar 2024/25, indicando que o Brasil deve produzir 685,86 milhões de toneladas, uma redução de 3,8% em relação à safra anterior. Baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, causaram perdas na produtividade, estimada em 79.079 quilos por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior, que foi favorecida por boas condições climáticas.

   De acordo com o levantamento da Companhia, a área de colheita da cana apresentou crescimento de 4,1%, passando de 8,33 milhões de hectares para 8,67 milhões de hectares. O crescimento deve-se ao aumento de áreas em expansão e renovação, sendo que a colheita na Região Centro-Sul, já iniciada, passa a se intensificar a partir de maio.

     Apesar da redução na safra, a pesquisa apontou uma produção de açúcar estimada em 46,29 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,3% ao obtido na safra anterior, recorde até então. Quando comparada com a safra 2023/24, com exceção da Região Norte, e os estados de Mato Grosso e São Paulo, apesar do maior direcionamento da cana-de-açúcar para a produção do adoçante em relação ao etanol, observa-se crescimento na produção de açúcar. O mercado favorável justifica esse valor, colocando, a atual safra, como a maior produção de açúcar da série histórica da Conab.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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