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Cotações do suíno perdem força na parte final de julho

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     Porto Alegre, 29 de julho de 2022 – O preço do suíno vivo se sustentou na primeira quinzena de julho, perdendo força após esse período, com frigoríficos reticentes nas tratativas, avaliando que o escoamento da carcaça e dos principais cortes evoluíram aquém do esperado, o que resultou em queda também das cotações. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

      “Os suinocultores na maior parte do mês sinalizaram que a oferta de animais esteve equilibrada, mas o quadro de mercado derrubou o poder de barganha. A expectativa é que o consumo e a reposição entre atacado e varejo avancem na primeira quinzena de agosto, com entrada de salários na economia e pelo dia dos pais”, completa o consultor.

     A exportação brasileira de carne suína continua apresentando bons números, mesmo com a China menos atuante este ano. O mês de julho pode alcançar novamente a marca de 90 mil toneladas, considerando a média diária divulgada pelo SECEX na última semana. “O preço da tonelada exportada é ponto que merece ser acompanhado ao longo das próximas semanas”, completa.

     A produção brasileira de carne suína deve crescer em 2022 e 2023. As exportações tendem a recuar neste ano e se recuperar em 2023. Segundo números da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção brasileira em 2022 deverá crescer em até 5%, passando de 4,701 milhões de toneladas para um número entre 4,85 milhões e 4,95 milhões de toneladas. Para 2023, a aposta é de um aumento de até 3%, somando entre 5,05 milhões e 5,1 milhões de toneladas.

     As exportações em 2022 deverão ficar entre 1,05 milhão e 1,1 milhão de toneladas, recuando em até 3% na comparação com 2021, quando foram embarcadas 1,137 milhão de toneladas. Para 2023, a projeção é de aumento de 9% para 1,15 milhão a 1,2 milhão de toneladas.

     A disponibilidade interna deverá crescer 9% em 2022, passando de 3,564 milhões de toneladas para 3,75 milhões a 3,9 milhões de toneladas. Para 2023, a disponibilidade deve subir mais 2%, chegando a 3,95 milhões de toneladas. O consumo per capita deve subir em até 8%, passando de 16,7 quilos para 18 quilos em 2022 e aumentar 1,5% em 2023 para 18,3 quilos.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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