Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2025 – O mercado brasileiro de milho teve um mês de fevereiro marcado por avanços generalizados nas cotações. O físico refletiu uma oferta apertada diante de uma safra de verão modesta, e tende a se manter sustentado até a entrada da safrinha em meados do ano. Os preços subiram mais em algumas regiões, com destaque para São Paulo.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a safra de verão é pequena, de cerca de 25 milhões de toneladas, e temos 8 milhões de estoque de passagem, chegando a 33 milhões de toneladas no primeiro semestre. “Só que o consumo no primeiro semestre deve ficar entre 40 e 44 milhões de toneladas. Então tem um buraco a ser coberto pela safrinha, que entra entre junho e julho. Só que até chegar a safrinha temos um longo caminho, com preocupações climáticas ainda. Vai gerar muita atenção e gera tensão nesse primeiro semestre”, comenta.
Ele observa que ainda há uma enorme safra de soja, tomando conta da logística interna, com os produtores dando mais atenção aos negócios com a oleaginosa e deixando o milho de lado. Isso reduz ainda mais a oferta e vem promovendo os avanços nas cotações. “E ainda estamos apenas no começo da colheita da soja. A prioridade é a soja. E todo esse conjunto, somado a uma posição de estoque baixa nessa safra de verão do consumidor, temos um mercado explosivo”, analisa.
No balanço de fevereiro até esta quinta-feira, 27, no disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/CIF na base de venda subiu de R$ 78,00 para R$ 92,00 a saca de 60 quilos, alta de 18%. Na região Mogiana paulista, o cereal subiu de R$ 72,00 para R$ 90,00 a saca, alta de 25%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal, o preço avançou de R$ 72,00 para R$ 80,00 a saca na base de venda, elevação de 11%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação avançou de R$ 66,00 para R$ 70,00 a saca, alta de 6,1%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço de fevereiro subiu de R$ 74,00 para R$ 75,00, elevação de 1,3%.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda no mês subiu de R$ 70,00 para R$ 80,00 a saca, alta de 14,3%. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda subiu de R$ 68,00 para R$ 76,00 a saca, aumento de 11,8%.
No Porto de Santos, na venda, cotação subiu de R$ 78,00 para R$ 80,00, alta de 2,6%. Em Paranaguá, estabilidade no balanço mensal, com preço na venda em R$ 80,00 a saca.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência Safras News
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