Porto Alegre, 13 de janeiro de 2022 – O mercado brasileiro de milho deve manter preços em elevação no Brasil nesta quinta-feira, em meio ao cenário de oferta apertada e de perdas na safra de verão da Região Sul. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em queda, estendendo as perdas de ontem.
O cenário para o mercado brasileiro de milho ainda é bastante complicado em relação ao abastecimento durante o primeiro semestre. Com a oferta apertada, as cotações seguem avançando. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o clima segue como um foco relevante de atenção, com perdas substanciais na safra de verão na região Sul. “A evolução da colheita de soja no mercado doméstico é outro fator que tende a tornar o mercado ainda mais inflacionado, considerando a evolução dos preços do frete país afora”, afirma.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 90,00 a R$ 95,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 88,00/97,00.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 95,00/98,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 95,00/97,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 98,50/100,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 99,00/101,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 92,00/95,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 85,00/R$ 90,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 80,00/85,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com vencimento em março de 2022 operam cotados a US$ 5,95 1/4 por bushel, queda de 3,75 centavos, ou de 0,62%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado estende o tom negativo da quarta-feira. Hoje, saem as exportações semanais norte-americanas. Analistas esperam vendas entre 425 mil e 1,6 milhão de toneladas.
Ontem, contrariando a expectativa do mercado, que previa um corte, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de janeiro elevou os estoques finais da safra 2021/22 do país para 1,540 bilhão de bushels, acima dos 1,493 bilhão de bushels indicados em dezembro.
O USDA também apontou uma safra dos Estados Unidos bem maior que a esperada pelo mercado, de 15,069 bilhões de bushels. O país deverá colher 15,115 bilhões de bushels na temporada 2021/22, acima dos 15,062 bilhões de bushels previstos no mês passado.
* Ontem (12), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 5,99 por bushel, recuo de 2,00 centavos de dólar, ou 0,33%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
*O dólar comercial opera com alta de 0,21% a R$ 5,547. O Dollar Index registra baixa de 0,04% a 94,88 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -1,71%. Tóquio, -0,96%.
* As principais bolsas na Europa registram índices fracos. Paris, -0,52%. Londres, -0,06%.
* O petróleo opera em baixa. Fevereiro do WTI em NY: US$ 82,24 o barril (-0,45%).
AGENDA
– EUA: O índice de preços ao produtor de dezembro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (14/01)
– China: A balança comercial de dezembro será publicada na noite anterior pela alfândega.
– Alemanha: A leitura do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 será publicada às 4h pela Destatis.
– Eurozona: A balança comercial de novembro será publicada às 6h pela Eurostat.
– Reino Unido: A balança comercial de novembro será publicada às 5h30 pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A produção industrial de novembro será publicada às 5h30 pelo departamento de estatísticas.
– Levantamentos semanal sobre o desenvolvimento das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
– EUA: Os dados sobre a produção industrial em dezembro serão publicados às 11h15 pelo Federal Reserve.
– Atualização das estimativas para as safras brasileiras de milho e soja em 2021/22 – SAFRAS & Mercado, 12hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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