Porto Alegre, 05 de março de 2021 – Os preços do açúcar caíram no balanço semanal na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O dólar firme contra o real em parte dos dias pressionou para baixo o açúcar em NY. No balanço dos últimos sete dias, entre os dias 25 de fevereiro e esta quinta-feira 04 de março, o açúcar bruto em NY caiu de 16,84 para 16,26 centavos de dólar por libra-peso, queda de 3,4%.
No Brasil, o comparativo semanal entre as últimas quintas-feiras mostra um declínio nas cotações. Em Santos, a saca de 50 kg de açúcar com até 150 Icumsa encerrou a quinta-feira (04 de março) a R$ 106,00 [US$/cents 16,99], enquanto na quinta-feira anterior (25 de fevereiro) o preço era de R$ 107,00. Em Ribeirão Preto, preços estáveis no mesmo comparativo, em R$ 110,00 [US$/cents 17,63].
O mercado de açúcar teve a primeira semana de março marcada pela redução na oferta da Índia. Até o fim de fevereiro o país já tinha produzido cerca de 23,38 milhões de toneladas de açúcar, com um ainda presente avanço de 14,73% no acumulado anual, frente ao montante de 20,37 milhões de toneladas que haviam sido produzidos até esta mesma fase da safra anterior. “O detalhe é que, olhando o dado quinzenal mais recente, observamos uma redução de 14,75% no volume de oferta da segunda metade de fevereiro [em 2,48 milhões de toneladas] contra o mesmo momento da safra passada, em 2,90 milhões de toneladas”, avalia o consultor de SAFRAS & Mercado, Maurício Muruci. Na margem, segundo o analista, o recuo é ainda mais intenso, na faixa de 22,98% frente ao volume de 3,22 milhões de toneladas, que fora produzido na quinzena imediatamente anterior, a primeira metade de fevereiro.
As exportações de açúcar e outros melaços do Brasil apresentaram receita de US$ 608,69 milhões em fevereiro (18 dias úteis), com média diária de US$ 33,82 milhões. A quantidade total exportada pelo país ficou em 1,85 milhão de toneladas, com média de 102,85 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 328,80.
Em relação a fevereiro de 2020, houve alta de 57,99% no valor médio diário da exportação, ganho de 43% na quantidade média diária exportada e valorização de 10,41% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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