Porto Alegre, 17 de janeiro de 2025 – O mercado internacional de açúcar teve uma semana de preços mais baixos. Na Bolsa de Nova York, que baliza a comercialização internacional, o mercado recuou das mínimas de 19 para 18 centavos de dólar por libra-peso. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Maurício Muruci, o avanço das chuvas sobre as principais regiões produtoras de cana do Centro-Sul, trazendo boas perspectivas para a safra brasileira, pressionou as cotações.
Além disso, segundo Muruci, informações fundamentais da Ásia com o avanço da safra corrente local também têm ajudado na pressão de baixa nos preços do açúcar no mercado internacional.
No Brasil, o mercado físico de açúcar teve uma semana negativa nos preços, que passaram da média de R$ 159 a saca de 50kg para R$ 153 a saca. “Esta queda expressiva dentro da semana ocorreu em função do arrefecimento da demanda das indústrias compradoras junto às usinas. Os compradores usualmente evitam realizar compras nos meses de ápice de entressafra pelo risco de preços mais altos, o que ajuda a depreciar a demanda no curto prazo, o que tem resultado nos preços mais baixos da segunda semana de janeiro”, comenta Muruci.
Exportações
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e outros melaços atinge US$ 51,207 milhões em janeiro, com 7 dias úteis, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Já o volume médio diário de exportações chega a 103,815 mil toneladas no mês.
Foram exportadas 726.705,4 toneladas de açúcar em janeiro, com receita de US$ 358.455,1 milhões, a um preço médio de US$ 493,3 por tonelada.
Na comparação com a média diária de janeiro de 2024, de US$ 77,323 milhões, há queda de 33,8% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar em janeiro de 2025. Em volume, há recuo de 27,9% ante as 144,082 mil toneladas diariamente embarcadas em janeiro de 2024. Já o preço médio caiu 8,1%, ante os US$ 536,7 por tonelada verificados em janeiro de 2024.
Etanol
O mercado físico brasileiro de etanol teve uma semana marcada por breves movimentos de alta em seus preços de negociação seguidos de estabilidade junto a estes níveis mais elevados de preços. De acordo com Muruci, a continuidade dos níveis elevados de competitividade do hidratado frente à gasolina tem mantido a demanda em alta e, com ela, os preços em meio ao aprofundamento da entressafra de cana.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência Safras News
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